A aprovação do ex-prefeito Furiati na pesquisa

A pesquisa de opinião realizada pela Tribuna Regional, entre os dias 1º e 10 de abril de 2015, reflete a situação política atual do município. Ou seja, se refeita em outros períodos, os resultados podem ser diferentes.

O atual momento não é considerado eleitoral. Legalmente, este período inicia-se somente em 1º de janeiro do ano das eleições – no caso, iniciará em 1º de janeiro de 2016.

Oficialmente, nenhum dos nomes citados na pesquisa é pré-candidato ao pleito municipal de 2016 (além da Prefeita Leila Klenk, que declarou, em entrevista à Rádio Legendária em 2 de abril, “Eu posso dizer que, hoje, eu sou candidata à reeleição” – arquivo disponível em www.legendaria.am.br/entrevistas.html, aos 47´43” do áudio).

Os nomes incluídos pela Tribuna nas questões estimuladas foram escolhidos por se tratar de políticos com mandatos atuais ou recentes no município, ou por terem algum tipo de envolvimento com a política local (como Wilson Lipski, por exemplo).

Quanto à escolha dos nomes citados pelos entrevistados, na avaliação da equipe da Tribuna, isso pode ter ocorrido por alguns motivos específicos. No caso da grande aprovação do ex-prefeito Paulo Furiati, por ser o prefeito anterior à atual gestão e o mais próximo em termos de comparação, por parte do eleitor, em relação às ações do Poder Executivo municipal atual.

Quanto ao nome do vice-prefeito Ruy Wiedmer e sua baixa rejeição na pesquisa, pode-se avaliar que isso tenha ocorrido por ser um potencial candidato, por ser um grande aglutinador de votos de deputados na região (base eleitoral para os políticos) e, principalmente, por nunca ter assumido um cargo político (é vice-prefeito, mas não participa da administração de Leila Klenk).

Já Miguel Batista, lembrado por já ter sido prefeito da Lapa em dois mandatos, e os demais por estarem envolvidos na política municipal de alguma forma.

 

REJEIÇÃO DE LEILA KLENK

A rejeição da atual prefeita pode ser atribuída a seus baixos índices de aprovação popular, conforme demonstrado nos dados divulgados na edição 1876.

Quando questionados quanto “a avaliação da atual prefeita da cidade”, 67,99% dos entrevistados responderam considerar Leila “ruim” (37,47%) ou “péssima” (30,52%). Dos ouvidos, apenas 1,2% consideraram a governante petista como “ótima”. No entanto, outros 10,67% avaliaram Klenk como “boa” prefeita. Os que consideraram Leila “regular” somaram 18,86%. Não souberam ou não opinaram totalizaram 1,2% dos questionários.

Durante a realização das entrevistas, as queixas mais comuns da atual administração diziam respeito à manutenção e conservação das estradas rurais, falta de médicos para atender com maior frequência nos postos de saúde do interior, a falta de remédios para a população e a falta de limpeza na cidade.

No entanto, outras reclamações também eram constantes, principalmente o fato de muitas promessas de campanha não terem sido cumpridas após quase três anos de mandato de Leila Klenk. Entre as mais citadas: reabertura do Hospital Hipólito e implantação da Guarda Municipal.

 

POSSÍVEIS ALTERAÇÕES

A pesquisa de opinião realizada pela Tribuna Regional foi feita em ano não eleitoral. Seus resultados, portanto, refletem o período de início de abril de 2015, podendo apresentar resultados diversos se refeita a pesquisa em outros períodos.

Lembrando, sempre, que os nomes citados (tanto na pesquisa espontânea como estimulada) não são oficialmente de pré-candidatos ao pleito municipal de 2016. Até a data de registro oficial da campanha, em 2016, portanto, diversas mudanças podem ocorrer, tanto em relação à satisfação da população com a atual gestão municipal, como quanto à composição de nomes (prefeito e vice) para a disputa eleitoral. Qualquer alteração nestes sentidos pode mudar completamente os resultados de uma nova pesquisa de opinião pública.

 

Qual a validade da pesquisa da Tribuna?

 

O artigo 33 da Lei nº 9.504/97 define como devem ser realizadas as pesquisas eleitorais. No entanto, tal diploma legal se refere às pesquisas feitas em período eleitoral (que inicia no dia 1º de janeiro do ano das eleições).

Em relação às pesquisas feitas fora deste período, não há exigência legal para que sejam registradas ou que sigam determinada norma. A pesquisa realizada pela Tribuna Regional não foi registrada no Cartório Eleitoral por ter sido feita em período que não é considerado eleitoral (de 1º a 10 de abril de 2015). E, ainda, não pode ser considerada propaganda eleitoral antecipada, tendo em vista que nenhum dos nomes citados é pré-candidato, oficialmente, às eleições municipais da Lapa em 2016.

O interesse da Tribuna Regional em realizar a pesquisa é de saber como está a situação política atual na Lapa, visualizar um quadro possível nas eleições de 2016 e, por fim, informar os leitores sobre os dados. Portanto, o interesse é estritamente jornalístico.

 

A PESQUISA

Na elaboração e aplicação da pesquisa de opinião realizada, a Tribuna seguiu as regras estabelecidas pela legislação. Confira:

– Quem contratou e realizou a pesquisa: a própria empresa Editora Gráfica Nossa Senhora Aparecida Ltda.

– Valor e origem dos recursos para a pesquisa: pesquisador do quadro de funcionários da empresa; realizada com recursos próprios.

– Período da realização da pesquisa: de 1º a 10 de abril de 2015.

– Plano amostral: 403 entrevistados, num universo de 35.327 eleitores lapeanos, entre zona urbana e zona rural (dados de 2012) – (a título de curiosidade, nas últimas pesquisas eleitorais o IBOPE Inteligência trabalhou com amostra mínima de 301 eleitores para um intervalo de confiança de 95% e margem de erro de seis pontos percentuais).

 

PERFIL DOS OUVIDOS

Grau de instrução – Dos entrevistados, a maioria (43,7%) declarou como grau de instrução o ensino fundamental incompleto. Já 21,3% disseram ter completado o ensino fundamental. Analfabetos e os que declararam saber ler e escrever totalizaram 7,7%. Uma pequena parcela declarou ter o ensino superior incompleto (0,5%) ou completo (0,74%). Outros 11,9% disseram ter o ensino médio incompleto e 9,93% afirmaram ter concluído o ensino médio.

Idade – Quanto à faixa etária, a maioria (34,99%) declarou ter idade entre 22 a 40 anos. Outros 31,27% disseram ter entre 41 a 60 anos. Acima de 60 anos totalizaram 24,32%. Os mais jovens, com idade entre 16 a 21 anos, somaram 8,18%. Os que não informaram totalizaram 1,24%.

Sexo – Dos ouvidos pela Tribuna, 46,7% eram do sexo masculino e 53,3% do sexo feminino.

Renda – Quanto à renda pessoal, 49,4% dos entrevistados declarou ter rendimento mensal de até um salário mínimo (R$ 788,00). Os que disseram ter rendimento mensal de 1 a 2 salários mínimos (de R$ 788,00 a R$ 1.576,00) somaram 27%. Outros 18,9% declararam não ter rendimento pessoal; 2,98% disseram receber, ao mês, de 2 a 5 salários (R$ 1.576,00 a 3.940,00); e 1,74% não respondeu à pergunta.

 

 

 

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