Eletricidade a partir do esterco

Será que este é um bom negócio para os nossos produtores de leite?

 

O esterco gerado na propriedade leiteira muitas vezes acaba se tornando um problema e um enorme desafio quando se tem de dar um destino correto a ele. Para cada propriedade existe uma alternativa mais adequada, que leva à solução ou à minimização do problema.

Mas, a geração de energia elétrica a partir de dejetos e efluentes da atividade leiteira já é uma realidade em algumas propriedades da região. Para saber mais sobre o assunto e dessa forma ter dados para tomar a melhor decisão do que fazer com relação aos resíduos e dejetos gerados na propriedade leiteira, na quinta-feira, 24 de setembro, será realizada uma excursão técnica ao Centro de Treinamento de Pecuaristas da Batavo / Frisia, em Castro, com o tema “Destino correto dos dejetos e efluentes na bovinocultura leiteira.”

No evento serão analisadas as diversas formas de uso dos dejetos e efluentes, como esterco líquido, biofertilizante, produção de biogás e geração de energia elétrica a partir da biomassa. Também será abordado se é um bom negócio transformar esterco em eletricidade.

A saída para o evento acontecerá às 7h30min, em frente à EMATER, na Av. Dr. Tancredo Neves, nº 180. A excursão é uma promoção do Instituto EMATER da Lapa em parceria com as instituições voltadas ao desenvolvimento da pecuária leiteira na Lapa (CLAC entreposto da Lapa, com o apoio do Grupo Gestor do DRS Leite na Lapa). As despesas de refeições (almoço) serão por conta dos participantes.

Para saber mais, entre em contato dom o Instituto EMATER, pelos telefones (41) 3622-1133 ou 3622-4296.

 

COMO OCORRE NO COTIDIANO

Normalmente, em propriedades onde os animais passam grande parte do tempo em áreas de pastoreio, ocorre o espalhamento natural do esterco. Mas, em muitas propriedades os animais ficam em áreas restritas e confinadas, gerando um grande volume de dejetos e efluentes, que são lançados em lagoas abertas e, então, o mau cheiro predomina.

Estas lagoas causam impacto ambiental devido à produção de metano e de gás carbônico, que contribuem para o aquecimento global. Também podem contaminar as águas superficiais e subterrâneas quando escorrem e infiltram o solo.

A utilização desse esterco líquido diretamente nas áreas de lavoura e de pastagem é uma prática comum em muitas propriedades. Normalmente, utiliza-se um esparramador de esterco líquido tracionado por um trator. Também lança-se mão de um sistema de bombeamento canalizado do esterco líquido, prática conhecida como ferti irrigação.

Outra opção de aproveitamento do esterco na propriedade é através do processo de biodigestão anaeróbica, através do qual os dejetos e efluentes são retidos num recipiente com uma cobertura de lona que retém os gases de efeito estufa, sendo o principal deles o metano.

O processo de digestão anaeróbico, além de controlar a emissão de gases de odor desagradável no ambiente, gera um biofertilizante de excelente qualidade para a adubação do solo. O metano é um gás inflamável, cuja energia gerada também pode ser transformada em energia elétrica.

 

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