Os motoristas devem ter muita atenção ao utilizar o local, pois o tráfego deve ser sempre no sentido anti-horário e tem preferência o veículo que já estiver em circulação.
Para tornar o trânsito de veículos mais fluente e o de pedestres mais seguro no cruzamento da Avenida Caetano Munhoz da Rocha com a Rua João Cândido Ferreira, a Prefeitura da Lapa, seguindo deliberação do Conselho Municipal de Trânsito, construiu uma rotatória e implantou travessias elevadas no local, onde acidentes foram registrados anteriormente.
A rotatória foi planejada por engenheiros e arquiteto da Prefeitura e segue todas as normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O objetivo é limitar a velocidade e organizar os fluxos de tráfego, reduzindo conflitos e evitando os acidentes.
Os motoristas devem ter muita atenção ao utilizar o local. De acordo com o artigo 29 do CTB, a rotatória deve ser utilizada sempre no sentido anti-horário e tem preferência o veículo que já estiver em circulação.
COMO FUNCIONA
Antes de entrar em uma rotatória de pista com duas faixas, como é o caso desta que acaba de ficar pronta na Lapa, o condutor deve se posicionar na faixa correta, em função do movimento de conversão desejado. Caso o motorista deseje dobrar à direita, deve manter-se na faixa direita. Para dobrar à esquerda ou retornar, o condutor deve manter-se na faixa esquerda. Para seguir em frente, ambas as faixas podem ser utilizadas. Lembre-se de só utilizar a rotatória se tiver brecha segura nas duas faixas de circulação. Lembrando que também é obrigatório o uso da seta para indicar as mudanças de faixa, entrada e saída da rotatória.
PEDESTRES E CICLISTAS
A construção da rotatória naquele cruzamento, além de voltar a permitir a passagem de veículos de um lado a outro da avenida para quem trafega pela João Cândido Ferreira ou a realização de retorno, visa principalmente garantir as condições ideais de segurança para o tráfego de pedestres, ciclistas e cadeirantes. Por estar próximo a escolas e servir de ligação entre bairros, o local concentra grande fluxo de pedestres, que antes precisavam disputar espaço com os veículos em total desvantagem. Agora, foram construídas travessias elevadas na Avenida. Sendo assim, recomenda-se a utilização destas para atravessar a Avenida, sendo perigoso circular na área da rotatória, que é de uso exclusivo dos veículos.
Os pedestres e ciclistas que utilizam o canteiro da Avenida, ao chegar na rotatória saem pela travessia elevada e entram na João Cândido Ferreira ou a cruzam pela faixa de pedestres e retornam ao canteiro da avenida pela travessia elevada.
Os motoristas devem parar seus veículos quando um pedestre estiver utilizando a travessia elevada ou a faixa de pedestres. Lembrando que para maior segurança os ciclistas devem fazer a travessia empurrando a bicicleta.
POR QUE NÃO UM SEMÁFARO
Pelo mundo todo, cidades estão deixando de instalar semáforos e em alguns casos até substituindo os semáforos por rotatórias. Já foi notícia na Gazeta do Povo, por exemplo, que a Suíça era cheia de semáforos. Em 15 anos, substituiu-se grande parte por rotatórias. A França é outro país em que as rotatórias têm destaque. Mas, para não ir longe, no Paraná, cidades como Maringá, no norte, e Umuarama, na região noroeste, são referências no assunto. Várias cidades da região já têm rotatórias e agora a Lapa tem a primeira.
Além de contribuir para a redução da velocidade, as rotatórias têm baixo custo em comparação à instalação e manutenção de um semáforo.
Para melhor compreensão, vale a leitura dos parágrafos a seguir, adaptados a partir de coluna publicada na revista Exame com o título “Semáforo ou Rotatória, qual é a sua?”.
No lugar do equipamento que diz quem pode prosseguir e quem deve parar, o que se vê? Dois mandamentos não escritos em lugar algum: parar em todos os cruzamentos, mesmo que não haja qualquer veículo se aproximando, e respeitar uma regra básica: o primeiro a chegar é o primeiro a sair.
No semáforo, o controle é externo. A intensidade do trânsito não importa: no vermelho pare (mesmo que não tenha movimento nos demais sentidos), no verde siga. Na rotatória, o controle é interno, a escolha é de cada um, o sistema é auto organizado.
A lógica é simples: o controle distribuído por todos é muito mais eficiente do que um único controle centralizado. Quando valores como confiança, respeito e honestidade se disseminam, semáforos vão se tornando obsoletos até que, quem sabe, um dia, não sejam mais necessários.