Criadores lapeanos de canários de porte e de cor obtiveram bons resultados em competição de Campo Largo, classificando-se para participar de evento nacional, no início de julho, em São Paulo.
Ele cria canários com o objetivo de participar de exposições desde 2012, quando se filiou a uma Associação de Criadores. Mas, a origem tem história mais antiga… Tudo começou quando era pequeno e ganhou um canarinho de seu avô. Foi assim que Marcelo Hella recebeu motivação para criar as aves, tudo por hobbie.
Hoje, Marcelo tem um canaril, o Canaril Estrela de Ouro, junto com seu amigo Rone Kaseker. Os dois criam canários de porte e de cor, tendo exemplares Frisados Parisienses e Lancashire, para competições, e mais alguns, como topete alemão e os de cor, como vermelhos mosaicos e os brancos. Ele conta que as raças escolhidas foram por gosto e pela beleza das aves.
Marcelo participou pela primeira vez de uma competição no ano de 2013, em evento realizado pela Associação Paranaense de Canaricultura. “O julgamento é uma aula sobre canários. O criador aprende muito sobre as raças, ficando por dentro de detalhes que só o juiz percebe e nem você, que é dono do pássaro, tinha visto”, relata.
Os canários de porte são julgados por comparação, levando-se em consideração a descrição do ideal de cada raça, existente em um manual da Federação Brasileira. O que chegar mais perto do descrito pela Federação, leva a premiação.
Atualmente, o Canaril Estrela de Ouro está filiado ao Centro de Criadores de Canários de Campo Largo. E, no último final de semana, dos dias 24 e 25 de junho, participou do 10º Concurso de Canários de Cor e Porte, em Campo Largo. Os resultados? De satisfazer qualquer criador! Das 15 aves participantes, 12 se classificaram: duas como campeãs (1º lugar com pontuação acima de 90 pontos); duas conquistaram títulos de primeiros lugares (com pontuação abaixo de 90); duas ficaram em 2º lugar; três se classificaram em terceira colocação; e três em quinta colocação.
Esse ótimo resultado dá a chance ao Estrela de Ouro de levar alguns canários para o campeonato brasileiro, que acontecerá em julho, em Itatiba, São Paulo. Marcelo conta que das seis aves classificadas levará quatro. “Estou muito feliz, pois é o resultado que nós criadores almejamos”, relata.
As competições são feitas pelos Clubes e pela Federação Ornitológica do Brasil. Os canários são julgados primeiramente no regional (por Clube), sendo que os dois melhores de cada categoria ganham a vaga para o campeonato brasileiro, onde competem com aves de todo o Brasil. O campeonato de Itatiba acontecerá entre os dias 6 e 16 de julho.
Existem 3 categorias de julgamento, que são porte, cor e canto. Os canários de Marcelo e de Rone são julgados pelo porte, sendo avaliados o tamanho, a posição, a forma, e a plumagem. O criador conta que, apesar de não ter o Canaril para venda de exemplares, as aves que não estão dentro do padrão exigido são colocadas à disposição do mercado.
Para quem pretende adquirir um canário, Marcelo orienta que, primeiramente deve pensar que é uma ave que necessita de tempo e de dedicação. “Na hora da compra é importante saber quem é o criador, quanto tempo tem a ave, qual a alimentação que o vendedor dá. Lembrando que deve se ter uma gaiola adequada para o tamanho do canário, espaço limpo e arejado, as sementes bem embaladas para evitar contaminação”, explica.
A época de criação vai de agosto a dezembro, sendo os casais separados em gaiolas para reproduzir. Os canários tiram em média de 3 a 4 posturas por ano, com média de 3 a 4 ovos por postura.
CANÁRIOS
Conhecer essas aves é uma oportunidade única. Os canários de cor estão divididos em 55 séries, segundo a nomenclatura da Federação Ornitológica do Brasil (FOB), que congrega os Clubes de criadores de canários brasileiros espalhados por todo o país. Já os canários de porte estão divididos em 26 raças, cada uma com suas características próprias. Esses canários estão divididos em cinco grandes agrupamentos, chamados de modalidades que são de desenho, frisados, topetes, forma e posição.
O canário é um animal típico de cativeiro, que precisa do ser humano para alimentá-lo. Seu manejo é simples e o maior cuidado é com a umidade, principalmente quando o período de choca acontece em tempos secos, quando é preciso improvisar e manter os canários umedecidos, pois são muito frágeis. Não gostam de vento, a temperatura ideal para eles é 23°C e a gaiola tem de ficar no alto. Alpiste, água e vitaminas não podem faltar. A ave gosta de maçã e folhas de almeirão. Vivem, em média, de 4 a 5 anos. Para quem tem interesse em adquirir, o canário pode custar entre R$ 100 e R$ 10 mil.
