Uma vida de luta que valeu a pena

Benedito Gribner, colunista da Tribuna Regional, encontrou-se com o Senhor do Universo no dia 10 de março. Descanse em paz, amigo! Você pode! Você merece! Seja feliz onde estiver!

É com imenso pesar que A Tribuna Regional divulga esta notícia… Informação que não gostaríamos de publicar. Benedito Gribner, mais conhecido como Luiz Benedito, colunista do “pequeno Grande” desde 2007, faleceu no sábado, 10 de março.

Sempre com palavras de otimismo, coragem, amor e fé, levava esperança a muitos de seus leitores com a sua coluna “Viva Bem”, publicada na contracapa do semanário.

Durante os pouco mais de 10 anos de convivência, Luiz se tornou mais que um amigo, passou a fazer parte da família da Tribuna. De personalidade forte, mas ao mesmo tempo muito humilde e sensível às necessidades dos necessitados, sabia se impor e se fazer respeitar e, ao mesmo tempo, demonstrava grande lealdade e carinho por quem cativava sua confiança.

Em seus textos, procurava fazer o leitor perceber que a vida é uma superação e que sempre há tempo para recomeçar, melhorar, ser feliz, viver bem. Era um reflexo de toda a sua vivência.

Afinal, Luiz precisou a aprender a enfrentar os percalços da vida ainda muito jovem… Aos oito anos de idade se viu órfão. Na época, morava com os irmãos, mas não conseguiu se adaptar na convivência com nenhum familiar. A partir daí, se viu obrigado a romper barreiras e preconceitos. Sabendo se portar e respeitando a todos, superou as muitas dificuldades e preconceitos que foram surgindo.

Aos 16 anos foi até Mafra, em Santa Catarina, e pediu um trabalho no Hospital local. Uma freira que ali laborava se compadeceu com a história do jovem, lhe ofereceu um lugar para ficar e o colocou para auxiliar o radiologista. Aí começou a mudança em sua história de vida. Benedito Gribner fez o curso de radiologia e, quando adulto, foi trabalhar no Hospital de Irati. Lá fez curso de enfermagem e iniciou o trabalho nesta profissão. Depois de vários anos foi contratado pela Gold Cross e foi trabalhar fora do Brasil.

Quando voltou ao país, passou a trabalhar como enfermeiro em hospitais de Curitiba, cuidando dos doentes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI´s). Por conta da forma competente e atenciosa que cuidava dos pacientes, passou a ser contratado como enfermeiro particular, atendendo muitos deles em suas residências após a alta médica. Assim, passou a trabalhar tanto nas UTI´s como nas residências.

Após se aposentar voltou a viver na Lapa. No município, passou a perceber que poderia auxiliar muitas pessoas, que passavam necessidades e sofriam preconceito. Assim, decidiu criar a empresa de panfletagem “Lú Panfletos”. Desta forma, podia oferecer trabalho a muitos que não conseguiam colocação profissional e também oferecer auxílio com doações a quem precisasse.

Mais do que com palavras – através de sua coluna semanal e entre bate papos – Luiz Benedito procurava fazer o bem com suas ações. Não faltava a ele uma palavra de incentivo ou de coragem para aqueles com quem conversava. Mas, também, não faltava a ele o agir, o tomar a iniciativa de estender a mão, de colaborar, de contribuir.

Atualmente estava trabalhando como Diretor da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Lapa. Lá se destacava pelo empenho para que todos fossem bem atendidos e para que o local realmente passasse por uma reestruturação. Como conhecedor da área da saúde (diante de sua vasta experiência), dirigiu a unidade tendo como principal objetivo a humanização no atendimento ao paciente e, ainda, o bem estar de todos os funcionários e colaboradores.

A notícia de seu falecimento deixou toda equipe da Tribuna consternada, pois Luiz, em toda sua vida, lutou muito pelo próximo. Agora estava em uma fase feliz de sua vida, em que podia, mais do que nunca, auxiliar os demais.

Luiz Benedito com certeza não passou por este mundo sem deixar a sua marca. Ele deixa muita saudade.

Descanse em paz, amigo! O Senhor do Universo te recebe, sem dúvidas, de braços abertos e com um sorriso na face! Que suas palavras, querido Lulu, ecoem sempre nos corações daqueles que bem conviveram contigo: “Você pode! Você merece! Seja feliz!”. Seja feliz onde estiver, amigo!

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