Polícia Militar orienta população sobre quando deve entrar em contato pelo telefone 190 e outros números de emergência. É preciso consciência do cidadão, para não prejudicar quem realmente precisa do atendimento.
O trote ainda é um dos principais problemas enfrentados pelos serviços de atendimento de emergência. De acordo com a Polícia Militar do Paraná, a cada 10 ligações recebidas pelo número 190, quatro são indevidas com pessoas fazendo piadas ou solicitando atendimento inexistente. Isso corresponde a uma média anual de 40% das chamadas, o que afeta diretamente a qualidade do serviço prestado e evita que quem realmente precisa de socorro ou de assistência seja atendido.
Além do problema com trotes, também são relatados pela PM problemas de ligações solicitando serviços indevidamente ao 190. Por isso, a Polícia está orientando a população sobre como usar devidamente o serviço.
ORIENTAÇÕES 190
A Polícia Militar orienta as situações em que o cidadão pode e deve utilizar do serviço de atendimento de emergência pelo número 190:
– Quando está ocorrendo ou acabou de ocorrer um crime;
– Sempre que houver risco à vida;
– Para atendimento de acidentes com vítimas.
A orientação é de não ligar para o 190 quando:
– quiser pedir informações diversas ao serviço Policial Militar;
– precisar de informações de endereços e telefones de outros órgãos;
– precisar simplesmente “desabafar” com alguém;
– quiser relatar fatos que já ocorreram há muito tempo;
– pedir que a equipe PM dê um “susto” em alguém;
– quiser tratar de desacordos comerciais;
– houver envolvimento em acidentes de trânsito sem vítimas.
OUTROS NÚMEROS
Confira os outros telefones disponíveis e para que utilizar cada um deles:
– 193: Acidentes de trânsito, afogamentos, vítimas de arma de fogo/faca, fraturas e choques, ataques de animais;
– 192: contato com o SAMU, quando ocorrer dor no peito, intoxicações, trabalhos de parto, desmaios, convulsões, crises de hipertensão;
– 181: contato do Disque Denúncia, para realizar denúncias de crimes, tráfico de drogas (a denúncia é anônima);
– 199: contato com a Defesa Civil, que é responsável em precaver, socorrer, assistir e ajudar na recuperação da população em caso de desastres, sejam chuvas ou outras situações de risco;
– 197: contato com a Polícia Civil, para prestar informações que possam colaborar com a elucidação de crimes e investigações em andamento;
– 198: para solicitar atendimento a acidentes de trânsito e patrulhamentos preventivos em rodovias estaduais do Paraná;
– 191: para atendimentos a acidentes de trânsito e patrulhamentos nas rodovias federais brasileiras.
BOLETIM DE OCORRÊNCIA
Outra informação importante é que muitos serviços podem ser realizados pelo cidadão através da Delegacia Eletrônica, no site www.delegaciaeletronica.pr.gov.br.
É possível registrar boletins sobre fatos ocorridos somente no Estado do Paraná, envolvendo:
– Furtos: de documentos pessoais ou do veículo, eletrônicos, financeiros;
– Extravio/perda: documentos pessoais e/ou do veículo, eletrônicos, financeiros;
– Extravio/perda ou furto: placa de veículo;
– Desaparecimento de pessoas;
– Impressão de boletins registrados no Paraná;
– Denúncias na Ouvidoria;
– Consulta de veículos furtados/roubados.
LEI ESTADUAL
Desde 2012, uma lei estadual prevê punição para quem passa trote para serviços de emergência. Quem for identificado fazendo ligações indevidas pode acabar pagando multa no valor de R$ 135,78 cobrados diretamente na conta telefônica. E os responsáveis pelo atendimento são treinados para identificar quando a pessoa não precisa de verdade de ajuda.
Mas, ainda assim, há chamadas falsas que nem mesmo a experiência consegue identificar. Cerca de 1% dos trotes acabam não sendo detectados e fazem as equipes se deslocarem até o local.
Para contornar problemas desse tipo, os serviços de emergência gravam as ligações recebidas, o que permite identificar o número.
Assim, a melhor maneira de prevenir esses problemas é com consciência. É preciso ter em mente que o recurso pode fazer muita falta para alguém que precisa de verdade. Uma ambulância pode ir para uma ocorrência falsa, deixando alguém sem atendimento, por exemplo. E está se falando de recurso público. No fim, todo mundo paga por aquela brincadeira.
