Falta de Luz gera prejuízo no interior

A comunidade de São Bento teve interrupção no fornecimento de energia, causando prejuízo aos granjeiros.

A atividade de avicultura é uma das mais importantes na nossa região, tendo centenas de avicultores integrados à JBS e Seara, frigorífico localizado na Lapa. Para o bom funcionamento das granjas é necessário um estrito controle sobre umidade, temperatura e ventilação, feito à base de equipamentos elétricos, conforme padrão no setor.

Tal a importância da energia elétrica na atividade que os granjeiros foram surpreendidos por interrupções não programadas e contínuas de energia. Nos dias 19, 21, 22 e 23 de janeiro foram quatro os períodos de interrupção de pelo menos uma hora, sendo que o maior deles chega a quase cinco horas, causando prejuízos aos avicultores que chegam a R$ 31.572,12 (trinta e um mil, quinhentos e setenta e dois reais e doze centavos).

Com essa interrupção na prestação de serviços, o avicultor Gilmar Grohs Klostermann e sua esposa Simone Parize Klostermann, entraram com uma ação de reparação de danos contra a Copel, pois a alteração na rotina da granja causou a morte de mais de quinze mil aves, e as outras que não morreram foram seriamente prejudicadas. O casal conta que informou à COPEL sobre o desligamento e solicitou esclarecimentos, que vieram sob a desculpa de interrupção para reparos na linha de energia. Também alegam que não foram informados dos reparos e não tiveram condições de preparar um sistema alternativo de sustentação dos viveiros.

Segundo o advogado Christian Bueno Moreira, “os fatos ocorreram em pleno verão, onde as temperaturas já são significativamente altas, bem como que os aviários contavam com 73.900 aves, em três barracões fechados, sendo que toda e qualquer interrupção de energia e consequente paralização do sistema de arrefecimento, ocasionariam além da perda de peso das aves, a mortalidade dos animais por estresse calórico”.  Continua dizendo que “a fornecedora de energia torna-se responsável pelo prejuízo, segundo o Código de Defesa do Consumidor”. A ação pede reparação dos prejuízos e ainda busca indenização por dano moral, tendo em vista o abalo emocional experimentado e os transtornos a que os avicultores foram submetidos.

A ação ainda está em sua fase inicial, aguardando audiência conciliatória já designada pelo Poder Judiciário.

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