O Brasil está envelhecendo. A redução da taxa de fecundidade e o aumento da expectativa de vida elevaram a proporção de pessoas com mais de 65 anos no País. Dados do censo demográfico de 2010, do IBGE, revelam que os idosos já representam 7,4 por cento da população. Para que esse idoso viva bem é preciso que a sua família esteja preparada para lidar com as características dessa fase. Por isso, atualmente, os profissionais da Estratégia Saúde da Família são capacitados para dar suporte às famílias no acompanhamento dos pacientes idosos. Além disso, o Ministério da Saúde disponibiliza o Guia Prático do Cuidador, com noções práticas a profissionais e leigos. A coordenadora da Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Luíza Machado, explica que as orientações vão desde a alimentação adequada, o estímulo à fisioterapia e à socialização, até a manutenção da higiene. “Nós temos aí vários caminhos: a nutrição, a alimentação, a higiene, a questão da mobilidade no leito. Tudo isso são orientações para os cuidadores. E aí a responsabilidade muito grande da equipe de saúde, principalmente da equipe da Saúde da Família que está presente em fazê-lo”, diz ela.
A coordenadora de Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Luíza Machado, alerta que a família também precisa ser capacitada. Uma queda ou o aparecimento de uma doença podem ser o início de um declínio funcional. Uma das principais recomendações é manter o idoso ativo. “É a mobilidade no leito: o idoso se não recebe uma mobilidade no leito adequada, ele vai ter escara, são as chamadas feridas, que não são muitas vezes curadas e são uma porta de entrada à bactérias, infecção. O que mais nós temos que preservar é a autonomia e independência para os idosos. Então nosso estímulo tem que ser, cada vez mais: viva-se muito, mas com independência, com poder de decisão, com escolha e com vontade de viver também”, diz.
Além de ser distribuído às prefeituras e entidades sociais de todo o País, o Guia Prático do Cuidador também está disponível no portal saúde: www.saude.gov.br.