Meu amigo Sérgio Leoni, aproveito a oportunidade desta crônica para agradecer a tua gentileza ao solicitar a minha pessoa para que cedesse todas as minhas crônicas para, junto com tantos outros documentos que ornamentarão as lembranças, as reminiscências da Lapa antiga na Casa de seus pais, Sra. Alice e Dr. Pedro Passos Leoni, e também para parabenizá-lo por tão nobre iniciativa de cultivar o nosso passado, os costumes e as tradições de nossa cidade.
Sérgio, o prazer da vida é viver o presente e voltar a mente ao passado e buscar nas reminiscências fatos agradáveis, momentos felizes, atos e fatos que deixaram saudade. E, para isto, é preciso ter sensibilidade, virtudes estas que são inerentes a sua pessoa, que tão bem conheço.
Veja só, Sérgio, eu também venho há anos narrando fatos da Lapa antiga, meu amor por esta cidade, a Lapa, de tantos encantos, modo de vida, costumes, tradição que o tempo levou, e a vida moderna mudou para sempre.
É preciso quem viveu o passado que se foi, narrar para seus pósteros, pois a vida muda muito rápido e os nossos jovens não têm idéia de como foi a vida e os costumes de 50, 60 anos atrás.
Sérgio, nós vivemos esta época, nos éramos jovens de 12, 14, 16 anos, vimos a Lapa com apenas três automóveis, as famílias sentarem às calçadas no cair da tarde, a criançada jogando bete nas ruas, as ruas cheias de carroças e cavaleiros. É, Sérgio, esta é a Lapa que nós conhecemos, vivemos e o tempo levou.
Parabéns, Sérgio!
Abdalla João Dardaque, um lapeano de coração