Manifesto em defesa ao acesso aos serviços do Hospital Regional da Lapa São Sebastião pela população

O Hospital Regional São Sebastião foi fundado em outubro de 1927 com o nome de Sanatório São Sebastião, sendo o primeiro construído no país com verba publica para o tratamento de tuberculose. Idealizado pelo então governador Caetano Munhoz da Rocha, que construiu o então Sanatório nos moldes suíços com o intuito de torná-lo modelo no tratamento da doença. Tal reconhecimento somente aconteceu no ano de 2011 quando o Ministério da Saúde passou a considerá-lo como referencia para o tratamento da tuberculose multiresistente.Manifesto em defesa ao acesso aos serviços do Hospital Regional da Lapa São Sebastião pela população

Após estudos realizados entre 2003 e 2004, pela Secretaria Estadual de Saúde (SESA) e a Secretaria Municipal de Saúde, após amplo estudo e consulta a população lapeana, foi realizada a unificação dos dois hospitais da Lapa – Hospital São Sebastião e Hospital Hipólito Amélia Alves de Araújo (até então da esfera municipal), resultando na criação do Hospital Regional da Lapa São Sebastião, que passaria a atender além das demandas do tratamento a tuberculose multiresistente, também a população lapeana e da região nas modalidades de clínica geral, pediatria, cirurgia geral e urgências.

No período compreendido entre 2004 a 2010, para que tais ampliações de atendimento fossem feitas, o Hospital passou por uma série de reformas das quais podemos listar: ampliação da clínica médica de 18 para 40 leitos, 15 leitos para pediatria e 5 leitos para urgência, neste período o hospital realizava cerca de 100 atendimentos/mês e atendia 12 pacientes/dia na emergência. Em 2006, via processo seletivo, foram contratados 79 profissionais da área de saúde entre médicos, fisioterapeutas, psicólogos, dentistas, enfermeiros, entre outros. E, no ano de 2010, com a realização de concursos foram efetivados sendo que atualmente o Hospital conta com cerca de 700 funcionários. No ano de 2009 foi iniciada a reforma do centro cirúrgico com investimentos de cerca de 2,1 milhões de reais, bem como aquisição de equipamentos para exames laboratoriais, monitores, aparelhos de hematologia, freezer e centrífuga. Em 2011 foram liberados aproximadamente 1,8 milhões para reforma da área de tisiologia.

A idéia contemplada no Plano Estadual de Saúde 2008-2011 seria a de descentralizar e regionalizar ações de saúde, com a construção, reforma e ampliação de hospitais próprios, garantindo a primeira assistência e evitando que os pacientes fossem transferidos para grandes pólos sem necessidade. No caso específico da Lapa a intenção seria de que o Hospital Regional atendesse nas áreas de clínica médica, pediatria, cirurgias e emergência à população lapiana e região.

Porém, o que se vê atualmente é uma sucessão de idas e voltas: no apagar da gestão estadual passada aconteceu a inauguração do centro cirúrgico e das alas de clínica geral, porém a informação é que o centro cirúrgico não estaria adequado ao funcionamento devido a questões relacionadas a rede elétrica e que as alas da clínica geral não estariam adequadas. Inicialmente foi fechada a área de atendimento de Urgência e Emergência, ficando esse atendimento sobre inteira responsabilidade do município, depois com a justificativa da reforma da Tisiologia, e readequação destes pacientes, a área da Clinica Pediátrica foi fechada, ficando o município sem nenhuma retaguarda nesta área. Ficando, assim, acordado que os pacientes infantis deverão ser atendidos no Hospital Regional – referência em Pediatria em Campo Largo. Porém, a grande dificuldade sentida é conseguir vagas para os leitos garantidos pela Segunda Regional . Atualmente o Hospital Regional São Sebastião tem 700 funcionários, atendendo cerca de 90 pacientes, sendo apenas 4 de clinica geral e os demais da Tisiologia, tendo registro junto ao CADASTRO Nacional de Estabelecimentos de SAÚDE CNES n.0017663 = atendimento ambulatorial e de média complexidade para 140 pacientes distribuídos em cirurgia geral, clínica médica, pediatria e tisiologia. Em julho de 2011 foi comunicado a comunidade lapeana, sem prévia consulta ao gestor municipal, do fechamento da clínica pediátrica devido a reforma na tisiologia, bem como já havia sido suspenso em junho todo e qualquer atendimento de urgência e emergência – sem contudo a SESA ter reorientado o fluxo de atendimento de retaguarda nestas áreas. Atualmente existem 700 funcionários lotados no HRLSS, com cerca de 90 pacientes, sendo na grande maioria pacientes da Tisiologia e aproximadamente 4 na Clinica Médica, embora segundo dados do CNES existam a possibilidade de 34 leitos disponíveis para clinica médica. Em recentes entrevistas vinculadas na mídia televisiva foram passadas informações por representantes da SESA de que primeiramente o hospital seria referência apenas para tisiologia, depois que retornaria aos atendimentos a população e que o centro cirúrgico também retornaria após adequações e, por último, que não teria data de retorno para as atividades de cirurgia e clinica médica devido a questões orçamentárias.

A comunidade lapiana exige que o atual governo do estado cumpra o que está pactuado no Plano Estadual de Saúde com relação a descentralização dos serviços de saúde, garantindo a comunidade local e do entorno da região acesso a serviços hospitalares na área de clínica médica, cirurgia geral, pediatria e urgência, uma vez que há um hospital em que já forma gastos mais de 3 milhões de reais para reformas e adequações – dinheiro público advindo de Impostos. Em caso negativo, que o governo de Estado garanta acesso DIGNO e rápido às necessidades de atendimento hospitalar a população lapeana.

Queremos atendimento digno, de qualidade e com Equidade!

Assinam este documento: Conselho Municipal de Saúde e demais cidadãos lapeanos que estão se mobilizando através de abaixo-assinados no município.

-o-o-

Caso você concorde com este manifesto, é convidado a assinar o abaixo-assinado que está disponível nos seguintes locais:

– Conselho Municipal de Saúde;

– Grupo Naturalístico;

– Sindicato dos Trabalhadores Rurais;

– Sindicato dos Funcionários Municipais (Avenida);

– em Mariental: Associação de Moradores de Mariental, Farmácia do Luciano, Supermercados Mariental; Wolf; Safra e Silvemar na Vila São Cristóvão; Minimercados Muller 1 e 2; Restaurante Mariental; Agrícola Mariental; Posto de Saúde de Mariental; Salões do João Paulo e do Emerson;

– no Feixo: Mercado próximo à Igreja, Mercado do Mário Gregoski, Mercado do Chumbo e Açougue do Eduardo.

– Rádio Legendária;

– Jornal A Tribuna Regional;

– Associação de Moradores do Bairro Tamanqueiro;

– Sindi Bebidas.

No dia 19 de setembro, às 18h, no auditório da Escola Municipal Dr. Manoel Pedro, acontecerá Audiência Pública a respeito do assunto e você é convidado a participar.

Please follow and like us: