Esclarecimento sobre a alimentação fornecida às mães na Maternidade Humberto Carrano

Na edição do Jornal A Tribuna Regional n° 1669, coluna Mini-notas, foi publicado nota INVERÍDICA, questionando a alimentação das gestantes que utilizam o serviço de Saúde na Maternidade Municipal, citando que servimos virado de feijão e bisteca no almoço e questionando a conduta nutricional, afirmando que a dieta das gestantes deveria ser sopa.

Esclarecemos que a maternidade possui profissional Nutricionista habilitado em concurso público desde 2008, responsável técnico pelo serviço de nutrição e dietética da Maternidade, controlando as dietas dos pacientes e funcionários.

Como é do conhecimento de todos, a Maternidade Municipal Humberto Carrano está passando por reformas estruturais e, temporariamente, está instalada no Hospital Hipólito Araújo. Nesse período, por impossibilidade estrutural, não estão sendo produzidas refeições. A forma encontrada para o atendimento das gestantes internadas, em relação à alimentação, foi a contratação de marmitas. Informamos que antes do início da entrega das refeições, foi enviado ao restaurante todas as exigências sanitárias e recomendações nutricionais ao proprietário do estabelecimento e, com absoluta certeza, não estava incluída nestas recomendações comida tropeira.

Informamos ainda que a conduta nutricional em relação ao paciente é decidida pela equipe multiprofissional, de acordo com as necessidades do paciente, e que as funcionárias da cozinha possuem treinamento periódico sobre boas práticas e dietas, estando capacitadas para avaliar o conteúdo das refeições. E, caso haja alguma divergência sobre a dieta acordada, estão orientadas a comunicar ao nutricionista responsável ou a direção geral.

Em geral a dieta das gestantes deve conter nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê e a manutenção da saúde da mãe, como proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais, água e fibras. Entretanto, alguns nutrientes devem receber atenção especial, como o cálcio (presente em leites e derivados), o ferro (cuja maior fonte são as carnes) e o fosfato (vegetais verde-escuros). Dessa forma, uma dieta a base de sopa como o jornal sugeriu, torna a dieta hipocalórica, não atingindo as necessidades nutricionais recomendadas para a gestante.

As principais restrições para gestantes são adoçantes que contenham fenilalanina, sal em excesso (que pode aumentar a retenção hídrica, comum nessa fase), doces em excesso, cafeína e refrigerantes (a cafeína aumenta a sensação de pirose (queimação no estômago) e, ambos os últimos, aumentam a excreção de cálcio), álcool, o queijo minas frescal também deve ser evitado, pois muitas vezes pode estar contaminado por Listeria Monocytogenes, além da necessidade da restrição de alimentos muito condimentados e gordurosos.

A política da nossa instituição será sempre pelo respeito, ética e qualidade nos serviços prestados aos usuários do SUS, buscando sempre o acolhimento as gestantes e familiares, proporcionando um atendimento humanizado desde a entrada da gestante na recepção da maternidade, passando pelo atendimento de enfermagem e nutrição, e, no parto propriamente dito.

Dessa forma, solicitamos aos redatores e jornalistas responsáveis pela edição do jornal e da coluna mini-notas que avaliem e investiguem as denúncias antecipadamente, evitando que denúncias inverídicas possam causar interpretações erradas pela população, causando um descrédito desnecessário ao serviço ofertado.

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