Nesta semana, o colunista, leitor e radialista Ary Vidal nos trouxe um texto publicado no Correio Riograndense, na edição do dia 25 de Janeiro de 2012, de autoria do Doutor em Teologia Moral, Antônio Mesquita Galvão, que trata do programa da rede de televisão Globo, o famoso Big Brother.
Como diria o próprio Pedro Bial, “dê uma espiadinha”, no que diz o texto:
“O Brasil, mais uma vez é assaltado por um lixo televisivo chamado “Big Brother”, onde um grupo de aventureiros vai para uma casa, tudo patrocinado pela Rede Globo e empresas multinacionais, onde se cometem as maiores barbaridades e inqualificáveis orgias, em nome da conquista de um milhão de reais, que é pago pelo resíduo dos milhares de telefonemas que os ingênuos dão para excluir alguém nos “paredôes”.
Rejeitado nos países desenvolvidos, o “Big brother”, que teve seu modelo exportado para cá, faz um inaudito sucesso entre os tupiniquins da aldeia. Trata-se de uma cultura de todas as mediocridades de nosso já tão deturpado modelo social. Para a Globo se trata de uma ponderável mina de ouro. Cada ligação feita pelos papalvos que querem eliminar alguns “heróis” colocados no “paredão” geram valores, oriundos das ligações telefônicas, que pagam o custo da operadora, o prêmio (um milhão), as despesas da “casa mais vigiada do Brasil” e ainda enchem os cofres da emissora.
Como apologia à imoralidade das ações e dos diálogos dos participantes, o BBB dá asas ao voyeurismo dos despreparados. Tudo na programação dá um péssimo exemplo a todos, especialmente aos jovens. Tem gente que cultiva o exibicionismo todas as noites, para ver as intimidades dos participantes, que são desocupados, aventureiros e as mulheres oportunistas, ávidas pelas câmeras da Play Boy. E o medíocre Pedro Bial ainda tem a coragem de chamá-los de “nossos heróis”. Herói é o assalariado, o que espera nas filas, o que não tem médicos, escola para os filhos nem hospitais…
O telespectador é induzido a “dar uma espiadinha” na vida das pessoas 24 horas por dia, numa degradante bisbilhotice social nesse hino à mediocridade e à desfaçatez moral. É o ápice da inconsistência social. Esta é uma das tantas iniciativas da televisão de moldar os costumes e a moral do povão. E dizem que isto é comunicação. Na obra de Orwel, as fábricas continham placas com o lema: “dois mais dois são cinco se o partido quiser”. No Brasil se pode afirmar que “dois mais dois são cinco se a Rede Globo deixar”.
Será que o apóstolo Paulo apreciaria o BBB? O que ele diria a respeito? “Desprezando o conhecimento de Deus, essas pessoas foram abandonadas ao sabor de uma mente incapaz de julgar, cheia de injustiça, perversidade, malícia e deslealdade.Não se amoldem às estruturas deste mundo, mas transformem-se pela renovação da mente, pois vai chegar o tempo que não suportarão a sã doutrina, desviarão os ouvidos da verdade para se alimentarem de fábulas”.
Por isto, caro leitor, diga não ao Big Brother!”
Complementando o texto de Antônio Mesquita Galvão e trazendo os fatos à realidade mais próxima: enquanto esta atração ganha destaque nas redes sociais, nas conversas das mais variadas rodinhas, nas discussões entre amigos… O povo esquece e não se atenta para a necessidade de se organizar, de procurar se informar, de olhar para a realidade onde vive e ser ali um agente de mudança.
Depois, as eleições chegam, o povo escolhe o seu representante reclama que nada melhora. Para melhorar, é preciso começar por sua atitude.