Saúde alerta para os casos de coqueluche no Estado

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Recentemente a Secretaria da Saúde do Estado do Paraná divulgou uma nota técnica para orientar os profissionais de saúde quanto ao diagnóstico e tratamento da coqueluche, doença cujo principal sintoma é a tosse comprida. Desde o início do ano foram confirmados 114 casos da doença no Estado, sendo a maioria deles na região de Metropolitana de Curitiba. Os hospitais sentinelas (Hospital Pequeno Príncipe e Hospital de Clínicas, ambos de Curitiba, e o Hospital Universitário de Londrina) fazem a coleta de amostras de doentes e outras pessoas que tiveram contato com os infectados e apresentaram sintomas.

A coqueluche é uma doença infecciosa transmitida através da fala, tosse e/ou espirro, que compromete o sistema respiratório. Geralmente as crianças menores de um ano, particularmente aquelas que adquirem a doença antes dos seis meses de idade, precisam ser hospitalizadas pela possibilidade do caso se agravar e evoluir para óbito.

Nos adultos a doença se desenvolve na forma mais amena, não havendo necessidade de hospitalização. “O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento é fundamental para uma boa evolução”, explica o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz. Os doentes de coqueluche devem ser mantidos em isolamento respiratório por cinco dias após o início do tratamento. Caso não haja implementação da terapêutica adequada no prazo indicado, evoluindo para o quadro de tosse seca, o isolamento do paciente deve durar por, no mínimo, três semanas, conforme orientação médica.

“Não existe uma distribuição geográfica preferencial e nem uma característica individual que predisponha a doença”, reforça Sezifredo Paz.

A coqueluche é uma doença imunoprevenível, ou seja, pode ser prevenida com vacina. Ela está disponível gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde do Paraná. A vacina DTP (difteria, tétano e coqueluche) e vacina tetravalente (DTP + Hib) que é aplicada nas crianças aos dois, quatro e seis meses de vida, com doses de reforço no primeiro ano e aos quatro anos de idade.

Historicamente, o Paraná apresenta altas coberturas vacinais para a coqueluche, com índices acima dos preconizados pelo Ministério da Saúde, a exemplo de 2011, quando o Estado apresentou uma cobertura de 99,08%.

Uma das hipóteses para o reaparecimento da doença é que nem sempre as coberturas vacinais, nas faixas etárias recomendadas, são atingidas em 100% das crianças e em alguns municípios, levando a um acúmulo de susceptíveis, que futuramente poderão transmitir a doença.

A maior preocupação é com as crianças menores de um ano de idade porque o sistema respiratório ainda não está totalmente desenvolvido. “Muitos casos notificados são de crianças que ainda não estão adequadamente vacinadas, ou seja, estão com o esquema vacinal incompleto”, explica Paz.

 

HISTÓRICO

No início da década de 80 eram confirmados mais de 40 mil casos de coqueluche no país. Em 1983 este número começou a cair abruptamente, sendo que a partir de 1995 o país passou a registrar aproximadamente 2 mil casos por ano, face a elevação das coberturas vacinais, culminando em 1998, com uma importante modificação no perfil epidemiológico da doença.

 

SURTO

Recomenda-se que todo caso suspeito de coqueluche seja devidamente investigado, com a adoção das medidas de controle recomendadas. A notificação é obrigatória e deve ser realizada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). O Protocolo de Tratamento da Coqueluche encontra-se disponível no site do Ministério da Saúde.

A coqueluche ocorre de forma endêmica, mas pode se disseminar e se apresentar na forma de surtos, com a possibilidade de complicação e de mortes.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, deve ser ressaltada a importância da procura aos serviços de saúde, se forem observadas as manifestações que caracterizam a definição de caso suspeito de coqueluche.

 

CASOS

No Paraná, até 25 de abril, os números de casos confirmados da coqueluche chegaram a 145. Na segunda regional de saúde, a 96 casos e em Curitiba, 61 casos.

Na Lapa, há duas semanas a Tribuna divulgou denúncia de que médicos do município estariam sendo proibidos de solicitar exame para diagnosticar casos suspeitos de coqueluche. A redação entrou em contato com a Secretaria de Comunicação, solicitando informações sobre o assunto. No entanto, até o fechamento desta edição não obteve resposta.

Na última semana, a mãe da criança que fez a denúncia ao jornal a respeito da dificuldade em conseguir o exame para investigar a doença, voltou à redação. Desta vez para apresentar o resultado dos exames: sua filha e sua sobrinha tiveram resultado positivo para a doença e já estão sendo tratadas.

Mas, até o momento não obtivemos resposta a respeito da Secretaria Municipal de Saúde sobre o assunto no município da Lapa. Qual é o procedimento que está sendo tomado a respeito da doença?

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, através do Departamento de Vigilância Epidemiológica, vem acompanhando e monitorando o aumento do número de casos de coqueluche no estado e no País.

Existindo a suspeita de coqueluche, a Secretaria de Estado recomenda que a população procure o Serviço de Saúde mais próximo de sua residência para tratamento e notificação do caso. É fundamental manter em dia o calendário vacinal de rotina preconizado pelo PNI (Programa Nacional de Imunização) para prevenir a doença.

 

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