A Lapa fez parte do roteiro do aventureiro por conta da Congada da Lapa. “Vi um vídeo na internet sobre a Congada da Lapa e essa manifestação me chamou muito a atenção, tive que passar aqui para conhecer”, explica o ciclista.
Patrezi começou a sua viagem em Pelotas (RS) no dia 24 de maio e já passou por mais de 67 cidades dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O objetivo final do gaúcho é chegar até a cidade Belém, no Pará. “Quando terminei a faculdade vi que o curso era muito teórico, queria conhecer tudo na prática e então decidi fazer a viagem. A escolha da bicicleta como meio de transporte foi pela questão financeira, além da consciência ambiental. Durante o percurso já tive muitas vezes vontade de desistir, mas as pessoas boas que conheci durante o caminho são a minha motivação para continuar”, afirma Patrezi.
O ciclista conta que durante esses quase dois meses na estrada passou por momentos complicados, como uma tentativa de assalto e um tombo, quando passava por Balneário Camburiú (SC), mas segundo ele ainda não aconteceu nenhum problema com a bicicleta e por onde passa sempre recebe o apoio da população local. O aventureiro, que saiu de Pelotas com apenas R$100 no bolso, carrega consigo uma barraca para dormir e alimentos que ganha no caminho. “A principal dificuldade até agora é a saudade da família e dos amigos. Andei por estradas boas até aqui, mas sei que de São Paulo para cima vou encontrar outra realidade, mas estou preparado”, diz.
Ele permaneceu na Lapa durante uma semana e partiu da cidade no dia 10 de julho com destino a Curitiba e depois segue para a ilha de Superagui, no litoral paranaense. “A Lapa foi a cidade que melhor me acolheu. O município tem uma cultura incrível e marcou muito essa minha viagem até aqui”, relata.
Patrezi conta também que a viagem serve como um exercício de meditação. “Andar de bicicleta se tornou um exercício de meditação para mim. Durante o caminho já passei por momentos ruins, assim como momentos maravilhosos, só que tudo para mim é passageiro, pois no outro dia já sigo a minha viagem. Então amadureci muito nesse tempo que estou na estrada e aprendi a praticar o desapego”, finaliza o ciclista.