Algumas sugestões para impulsionar o desenvolvimento da indústria do turismo cultural na cidade.
Na matéria de lançamento do meu livro-gibi, Maragatos x Pica-paus: Heróis, Sangue e Ódio, publicada na semana passada, fiz um breve comentário, o qual gostaria de estender e falar sempre que houver oportunidade: a grande riqueza da cidade, o turismo cultural.
Relembrando, havia dito na ocasião que Lapa tem um enorme potencial turístico, pois é uma cidade que tem charme, beleza e um povo hospitaleiro. A isto, soma-se a incrível sensação de reviver a história que um breve passeio noturno pelo seu centro histórico nos dá.
Além da abertura de um espaço cultural infantil, proposta que fiz ha alguns meses aqui neste jornal, também poderiam ser criados na Lapa (a exemplo de cidades históricas como Ouro Preto, Tiradentes e Paratay, só pra citar os mais famosos festivais culturais) festivais gastronômicos, festivais de músicas clássicas, mostras literárias, de artes plásticas e apresentação de teatro de rua.
Acredito que também seria interessante instalar oficinas de arte e artesanatos, de forma a atrair artistas para morarem, produzir e negociar suas produções durante todo o ano na cidade. Para isto, poderia ser feito uma feira de artesanato aos domingos na rua XV de Novembro, ou na Amintas de Barros no trecho entre a praça General Carneiro, até o início da alameda David Carneiro, onde seria vendido arte, artesanatos e comidas típicas. E para a garotada se divertir e agitar, apresentações de palhaços, contadores de história, cama-elástica, pula-pula, etc…
Reconheço que posso estar dando palpites equivocados por desconhecer fatores de ordem financeira, legal ou qualquer outra que a primeira vista não é visível para quem está de fora da administração do município, mas creio na viabilidade e insisto nessas ideias pelas seguintes razões:
. Os custos destes eventos são baixos (e os custos elevados podem ser reduzidos com o as isenções tributárias permitidas pela lei de incentivo à cultura)
. Os eventos não demandam grandes espaços e estruturas
. Os investimentos podem se pagar ao atrair um turista com alto poder aquisitivo, não só do Paraná, como de todo o Brasil.
Se mesmo assim as variáveis financeiras e logísticas dizerem não, ainda vale a pena tentar, pois tudo isto é investimento em cultura que cedo ou tarde trará retorno.
Uma outra ideia bastante interessante, seria a prefeitura pensar na possibilidade de dar compensações tributárias para proprietários de casas que se dispusessem construir quartos para alojar o turista que se encontra na cidade em períodos de grande movimentação e se vê obrigado a voltar para casa no mesmo dia em que chegou por não encontrar vagas em hotéis e hospedarias. E uma vez que vai no sábado, não compensa voltar no domingo para ser novamente extorquido no pedágio.
NOVO CERCO DA LAPA
E por falar em pedágio, esta é uma questão que precisa ser logo resolvida.
Na penúltima edição da Tribuna Regional, o senhor Vinícius Leone Lacerda disse que o pedágio, além de ilegal, sufoca a economia do município. A isto eu acrescento: talvez seja inconstitucional também. Digo que isto porque vejo o sagrado direito de ir e vir parcialmente atingido quando limita a movimentação do cidadão que todos os finais de semana queira visitar pais ou filhos que moram no sentido norte do Estado, e para isto é obrigado a deixar mais de 10% do seu salário no pedágio, ficando desta forma, obrigado a de ir de ônibus, tendo o seu o deslocamento condicionado aos horários disponíveis da linha. Isto é uma restrição de liberdade…ou não é?
Desde as manifestações de junho quando uma pequena parcela da população foi protestar nas proximidades do pedágio, percebe-se uma maior movimentação de homens e máquinas trabalhando na estrada. Tudo indica que estas ações são uma tentativa de justificar a extorsão.
População da Lapa, manifeste e mostre sua indignação! Envie mensagens para a Tribuna Regional e participe do movimento que luta pela redução ou extinção do pedágio no endereço do Facebook https://www.facebook.com/abaixa.pedagiolapa
Vamos combater o mal que está ao norte, pois já preparam uma nova praça de pedágio ao sul. E tudo indica que este novo cerco durará bem mais do que 26 dias. E as forças do governo agora estão do lado do sitiante.