No dia 23 de abril teve início a GREVE GERAL na educação no Paraná, ao todo, cerca de 80% dos educadores do estado iniciaram a greve já no primeiro dia, e os demais foram aderindo aos poucos.
Os educadores cobravam do governo melhores condições de trabalho, como por exemplo, menos alunos por turmas, reforma e conservação das escolas, melhores condições para os educadores das APAEs, o não fechamento de turmas no EJA, além de melhores salários e o cumprimento da lei 11.738/2008 que garante aos professores 33% de hora atividade, que serve para os professores prepararem aulas, corrigirem provas e atenderem os pais e a comunidade escolar.
O governo do Paraná alegava que não tinha dinheiro para cumprir com as exigências feitas pelos educadores, no entanto, ao mesmo tempo que alegava não ter dinheiro para investir na educação, ele gastava milhões com os preparativos para copa do mundo e aprovava uma lei que garante até R$ 4.000,00 (quatro mil reais) em auxilio moradia para o poder judiciário.
Depois de analisar esses fatores e tentarem de todas as maneiras chamar a atenção do governo para as escolas e fazer o mesmo cumprir as leis e investir mais na educação, os educadores decidiram entrar em greve.
Na Lapa as escolas pararam parcialmente, nas escolas estaduais do campo, isto é, as escolas do interior, aderiram completamente à greve desde o primeiro dia, os educadores das escolas da cidade aderiram parcialmente.
Já no primeiro dia de paralisação, os educadores foram para frente das escolas para conscientizar os alunos sobre a greve, no segundo dia se dirigiram para Curitiba e acamparam junto com outros educadores do estado em frente ao palácio do governo. Na sexta-feira foram para o sinaleiro informar a população sobre o porquê do movimento de greve e no sábado concederam entrevista na rádio para informar os pais e comunidade sobre o andamento da greve. Os educadores perceberam o grande apoio da população da Lapa durante os dias que a greve aconteceu.
Na terça feira dia 29/05 quando mais de 90% das escolas da Lapa haviam aderido à greve os educadores se dirigiram para Curitiba, onde participaram da passeata histórica, que reuniu mais de 30 mil pessoas. Segundo os organizadores da passeata, não se via tanta gente assim para protestar nas ruas de Curitiba, desde as passeatas das Diretas já na época da ditadura militar.
Na terça feira, em Assembleia Geral, os educadores da Lapa junto com mais de 4.000 (mil) educadores do Paraná, decidiram pela suspensão temporária da greve, uma vez que o governo atendeu boa parte das reivindicações da categoria, caso o governo não cumpra com os combinados, os educadores voltam para as ruas e a greve volta a acontecer.
Alguns pais ficaram preocupados com o conteúdo que os filhos perderam nos 5 (cinco) dias que a greve aconteceu, a Secretaria de Educação, junto com os educadores decidiram que essas aulas serão repostas até o final do ano, de acordo com o calendário e a disposição dos educadores e alunos.