O Aedes Aegypti e o descaso na Lapa  

Terreno baldio, denunciado pelo morador, no bairro Cidade Nova, localizado atrás da antiga Bailanta.

 

Terreno baldio, denunciado pelo morador, no bairro Cidade Nova, localizado atrás da antiga Bailanta.
Terreno baldio, denunciado pelo morador, no bairro Cidade Nova, localizado atrás da antiga Bailanta.

Apesar de Prefeitura divulgar canais de comunicação para denúncias de focos de água parada, morador denuncia falta de atendimento a seu pedido.

 

No final de janeiro, a Prefeitura da Lapa divulgou que o Comitê de Combate à Dengue foi reativado. A matéria divulgada pela Administração Municipal explicava que terrenos baldios seriam enumerados e checados pela equipe da Vigilância Epidemiológica. “Precisamos da ajuda de toda a população, para que esse grande problema de saúde não atinja nossa cidade”, falou a Secretária Municipal de Saúde, Lígia Cardieri, naquele momento.

A matéria da Prefeitura também divulgava que, caso a população encontrasse algum foco de água parada, entrasse em contato com a Vigilância Epidemiológica Municipal pelo telefone 3547-5068.

Foi o que fez o morador Valmor Mendonça, no dia 22 de janeiro, ao identificar um terreno baldio na Rua Joacir Campanholo, ao lado do número 290, bem nos fundos do antigo Clube Bailanta, no Bairro Cidade Nova.

Ele protocolou o pedido de providências na Vigilância Epidemiológica Municipal nesta data, sob o número 033/2016, e aguardou solução para o problema: o terreno particular, com mato e sem nenhuma construção, estava repleto de entulhos que estavam sendo foco de água parada.

Oito dias depois (em 30 de janeiro), tendo em vista não ter presenciado nenhuma ação para resolver o caso (os entulhos continuavam no local), Valmor retornou à Vigilância e solicitou novamente atendimento ao seu pedido.

Passaram-se 12 dias e o morador voltou à Vigilância (em 12 de fevereiro). Até aquele momento, nenhuma ação registrada. Mais uma vez, mais uma promessa: a pessoa que o atendeu afirmou que naquela semana a Vigilância iria agir. Mas, até a quarta-feira, 24 de fevereiro, nenhuma solução havia sido registrada.

O filho de Valmor tomou a iniciativa e retirou do local alguns dos entulhos, dentro de sua possibilidade. No entanto, pneus ainda estavam por lá, aguardando a sua destinação correta.

Diante de tal situação, ficam os questionamentos: 1º) Onde está a responsabilidade do proprietário do terreno, que não o mantém limpo?; 2º) Onde está a responsabilidade da própria população, que joga entulhos em terrenos baldios, sem a mínima consciência das consequências?; 3º) Onde está o Poder Público (diga-se Prefeitura Municipal) que, apesar de ter se comprometido a enumerar e checar os imóveis, em tese, nada fez?; 4º) Onde está a responsabilidade do Poder Público, quando pede colaboração à população, para que identifique focos de água parada no município, e nada faz para atender as solicitações?

Neste momento, percebe-se que o slogan “Todos contra a dengue” é somente propaganda governamental. Falta ação efetiva no combate ao mosquito transmissor. Sim, a população também deve agir. Mas, o Poder Público deve ser exemplo, assim como Associações de Moradores e demais entidades representativas.

 

 

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