O brasileiro mal nasce e já sofre os desmandos do governo  

Brasil, um país que era referência na questão de vacinação. Era. Até os desmandos governamentais chegarem a tal ponto (em pouco tempo, diga-se de passagem), que estão afetando os cidadãos desde tenra idade. A criança mal nasce e já sente o que é viver em um país corrupto e que não possui políticos preocupados com a população. Quando é necessário o básico, a vacinação, gestantes e bebês ficam à deriva, assim como outros cidadãos.

Os atrasos na entrega de medicamentos e vacinas pelo Governo Federal estão ocorrendo em vários estados brasileiros e já estão preocupando o Paraná. A Secretaria Estadual da Saúde participou na quarta-feira, 24 de fevereiro, da assembleia do Conselho Nacional de Secretários Estaduais da Saúde (Conass) e relatou a preocupação do Estado com os constantes atrasos na entrega de medicamentos, vacinas, soros e insumos pelo Ministério da Saúde.

Um exemplo de vacina que está em falta é a contra Hepatite B, que deve estar disponível nas unidades de saúde para toda população, segundo critério definido pelo Ministério da Saúde. Do montante solicitado pelo Programa Estadual de Imunização, o Estado só recebeu 39% e o mesmo percentual para a vacina contra a Hepatite A. No caso da Tetraviral, vacina aplicada aos 15 meses de vida da criança que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela, o Paraná só recebeu 26% do solicitado.

Vários medicamentos de alto custo, cuja responsabilidade de aquisição é do Ministério da Saúde, também têm sofrido diversos atrasos nas entregas. O que chama mais a atenção são itens como tratamentos para Hepatite B e C, medicamentos para evitar rejeição de órgãos transplantados e para artrite reumatóide, entre outros.

O Paraná também não tem recebido o volume solicitado do inseticida utilizado no combate ao mosquito Aedes aegypti. A compra do Malathion, usado no fumacê, é centralizada pelo Ministério da Saúde. Em dezembro de 2015, O Centro Estadual de Vigilância Ambiental solicitou 10 mil litros do inseticida e recebeu apenas 8 mil em 1º de fevereiro. Com o aumento do número de cidades em epidemia, no dia 29 de janeiro já havia sido solicitado mais 16 mil litros, sendo que até quarta-feira somente 4 mil litros havia sido entregue.

O Governo Federal afirma que o problema é com os laboratórios e que isso afeta também outros países. Quem ainda consegue acreditar nestes argumentos? Eu, infelizmente, não… Com tanta incompetência, fica quase impossível “engolir” os argumentos apresentados.

Este é o Brasil que queremos? A crise, que tanto se tenta “empurrar para debaixo do pano”, é evidente. E, além de atingir o estômago do brasileiro – devido a elevação do preço dos alimentos, também atinge o seu trabalho, seu poder de compra e, o pior, sua saúde.

Segundo analistas, o Brasil, se passasse a fazer a coisa certa na área econômica, ainda assim levaria uma década para recuperar o que perdeu em tão pouco tempo.

Vale a pena refletir e analisar a situação. O que foi (des) feito em pouco mais de uma década de governo deve permanecer? O Brasil precisa de políticos que conduzam o governo com mais seriedade, urgentemente. Em todos os âmbitos, principalmente no Federal.

 

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