Em política, tudo fica para última hora.

Prá quem está esperando a definição de nomes para a próxima disputa eleitoral,  um recado: Acalme o seu coração.

Ainda é cedo para garantir quem vai e quem não vai disputar a eleição. Já existem quase-certezas, quase-definitivos. Mas os boatos, ah, os boatos estão correndo como sempre.

Fulano diz que Cicrano vai e o Cicrano não vai. Beltrano diz que o Fulano não pode concorrer, mas Fulano diz que vai, e assim as reuniões e conversas vão acontecendo.

A única certeza que o leitor e eleitor pode ter nesta disputa é que ela vai ser muito rápida e, principalmente, cruel. Sim, cruel, pois tem grupos se preparando para jogar muita boataria e mentiras em público, visando desconstruir a imagem dos adversários.

Muitos dos que estão colocando o seu nome como pré-candidatos ainda estão esperando a definição de grupos adversários, torcendo para o desastre em coligações e acordos. Isso é praxe na política, não só na Lapa e Contenda, mas nas mais diversas rodas de negociações. Para alguns é mais importante ver o adversário caído do que ver o povo sendo bem servido. É fácil de identificar estes indivíduos em cidades pequenas como as nossas. Basta dar corda para o pretenso político falar. Se você ouvir muita crítica a outros políticos, pode contar que a quantidade de propostas e projetos dele são muito poucas. Assim como você também pode desconfiar de promessas mirabolantes, mesmo mascaradas como possíveis realidades. Não podemos ser ingênuos e acreditar simplesmente.

E a eleição vai ser bem curta. Serão apenas 45 dias para angariar os votos, e neste pleito está proibida a doação de recursos por empresas aos candidatos. Somente pessoas físicas podem doar e isso deverá ser declarado à justiça eleitoral. Com essa nova situação, os candidatos a candidatos ainda estão tentando definir como é que vão fazer para viabilizar recursos, mas uma coisa é certa, aquele que muito gastar é aquele que vem com caixa dois.

Mas uma coisa não muda, o poder do seu voto. Com ele é que você pode melhorar a sua comunidade, retirar os políticos que não estão servindo à altura e tentar novamente. Sim, tentar novamente, pois político nenhum é perfeito e sempre haverão erros e você terá o poder, a cada quatro anos, de mudar se não estiver ao seu agrado.

Essa é a única certeza da política.

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“Na política é difícil distinguir os homens capazes, dos homens capazes de tudo.”  (Henri Béraud)