Campanha de vacinação contra aftosa começou dia 1º

Para o trabalho de fiscalização nas propriedades e controle da movimentação de animais a Adapar vai contar com a colaboração dos Conselhos Municipais de Sanidade Animal.

Inicialmente, Adapar irá fiscalizar as propriedades com maior risco para o ingresso do vírus da doença, como aquelas que tiveram maior movimentação com entrada ou saída de animais.

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) iniciou a segunda campanha de vacinação contra febre aftosa na terça-feira, 1º de novembro, devendo prosseguir até o dia 30. Desde segunda-feira, 31 de outubro, as doses de vacinas já estavam disponíveis no mercado.
Nesta etapa serão vacinados os animais de todas as idades, devendo atingir 9,2 milhões de cabeças, que é o rebanho de bovinos e bubalinos previsto no Estado. Os produtores devem vacinar e comprovar a vacinação no período de 1 a 30 de novembro.
“A estratégia da Adapar é atingir um índice de vacinação acima de 95% do rebanho e para isso vai intensificar a fiscalização e acompanhamento nas propriedades”, explica o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias.
Para o trabalho de fiscalização nas propriedades e controle da movimentação de animais no Estado, a Adapar vai contar com a colaboração dos Conselhos Municipais de Sanidade Animal (CSAs).
Quem não vacinar e/ou não comprovar a vacinação será multado de acordo com o número de cabeças não vacinadas, mas com um valor mínimo de 10 UPFs (Unidade Padrão Fiscal do Estado), que equivale a R$ 91,57 cada uma.
Quem tem até 10 cabeças de gado e não vacinar e/ou não comprovar a vacinação no período recomendado será multado em R$ 915,70. Acima de 10 cabeças vai incidir o valor mínimo da multa mais uma UPF por cabeça não vacinada.

FISCALIZAÇÃO
A Adapar conta com equipes de fiscais em 135 unidades espalhadas pelo Estado, com médicos veterinários e assistentes de fiscalização. No final de 2015 houve um reforço de 47 médicos veterinários admitidos em concurso público realizado recentemente, resultando num efetivo de 132 profissionais em campo para fiscalização durante a campanha. Além disso tem os assistentes de fiscalização.
Segundo Rafael Gonçalves Dias, serão fiscalizadas inicialmente as propriedades com maior risco para o ingresso do vírus da doença, como aquelas que tiveram maior movimentação com entrada ou saída de animais. O controle do trânsito é feito através das GTAs (Guia de Trânsito Animal) e toda essa movimentação é controlada.
“A partir da semana que vem, nenhuma movimentação animal será permitida sem a vacinação e/ou comprovação da vacinação. A exceção será para os animais para abate e os produtores têm 60 dias para envio dos animais para o abate após campanha. Todo esse processo é acompanhado pelos fiscais da Adapar”, explicou Dias.
Segundo ele, é feito um acompanhamento por amostragem e uma contagem sobre a relação de animais que foi declarada na campanha passada, considerando a entrada e saída de cabeças da propriedade.

INFORMAÇÕES
Atenção! A Unidade Local de Sanidade Animal da Lapa está em novo endereço: Rua Barão do Rio Branco, nº 1.499 (em frente ao Sindicato Rural). Qualquer dúvida a respeito da campanha de vacinação contra Febre Aftosa pode ser esclarecida pelo telefone 41-3622-2977, pelo e-mail adaparlpa@adapar.pr.gov.br, nos Conselhos Municipais de Sanidade Agropecuária (CSA), nos Escritórios de Atendimento Municipal das Prefeituras de Quitandinha e Contenda ou nas Casas Agropecuárias autorizadas para venda da Vacina.

POR QUE VACINAR
A relevância da vacinação dos animais se dá porque a doença prejudica a vida do produtor, já que os animais contaminados não podem ser comercializados. E a forma mais prática e barata de prevenção é a vacina.
O Paraná tem um importante papel na economia agropecuária do país, sendo área livre de Febre Aftosa com vacinação, gerando bons negócios para produtores paranaenses. Mas, para garantir a comercialização da produção, o proprietário dos animais não pode descuidar. Apesar da intensa fiscalização, o vírus da Febre Aftosa ultrapassa porteiras, divisas e fronteiras.
Áreas com incidência da doença (estados ou países) não conseguem vender carne e animais para regiões que já erradicaram a febre aftosa, ou tem o seu preço muito desvalorizado no comércio internacional.

VACINANDO
Quando o proprietário dos animais for realizar a vacinação, deve tomar alguns cuidados tanto antes como durante a aplicação.
Antes da aplicação, deve transportar e manter a vacina sempre resfriada entre 2ºC e 8ºC, em geladeira ou caixa de isopor com gelo; desinfetar seringas e agulhas (manter em água fervente por, no mínimo, 10 minutos); e utilizar seringas calibradas em 5ml e agulhas novas.
Durante a aplicação deve manter os frascos de vacina sempre dentro da caixa de isopor; quando a pistola não estiver em uso, mantê-la dentro da caixa de isopor; nunca deixar a vacina ao sol; a dose aplicada deve ser de 5ml para bovinos e búfalos; agitar bem o frasco de vacina antes de encher a seringa; aplicar a vacina na tábua do pescoço; trocar as agulhas periodicamente; vacinar nas horas mais frescas do dia, como início da manhã e fim da tarde; anotar quais animais foram vacinados, por sexo e faixa etária, para preenchimento do comprovante de vacinação.

COMPROVAÇÃO
A comprovação pode ser realizada das seguintes maneiras:
– Na Casa Agropecuária ao comprar a Vacina você recebe um Comprovante de Vacinação Preencha corretamente todos os dados dos animais existentes, é obrigatório, entregue nas Unidades Locais de sanidade animal e Escritório de Atendimento Municipal da Adapar e Postos Autorizados da Adapar;
– Ou o produtor pode realizar a comprovação da vacinação pela internet, acessando a página da Adapar (www.adapar.pr.gov.br). Será feita em duas etapas: 1°) cadastro da venda da vacina pelo revendedor e 2°) comprovação pelo produtor. Ao acessar o link na página da Adapar, haverá instrutivo sobre esta forma de comprovação. O produtor somente conseguirá efetuar a comprovação pela internet após o revendedor também ter cadastrado a venda da vacina.
Os bovinos e búfalos que irão para o abate não devem ser vacinados, também salientamos que não é obrigatória a vacinação de ovinos, caprinos.

Please follow and like us: