Progresso com a fumicultura em São João do Triunfo

José e Célia - Na época da colheita toda a família ajuda e troca serviço com outros produtores.

 

Município é o sexto maior produtor de tabaco do país.

Colaborando com os números do ranking, a família Wardenski diz que o cuidado com a cultura tem que começar desde o canteiro.
Colaborando com os números do ranking, a família Wardenski diz que o cuidado com a cultura tem que começar desde o canteiro.

O cooperado José Kovalski Wardenski cultiva tabaco desde 1989. Quando iniciou a atividade em Vitorinópolis, interior de São João do Triunfo, a primeira safra totalizou 37 mil pés. Neste ano ele e a esposa Célia cultivaram perto de 160 mil pés em cinco alqueires. Na época da colheita toda a família ajuda e troca serviço com outros produtores. “Aqui a gente se ajuda, meu irmão Ivonel colhe para nós e quando é a vez dele estamos lá para colher. Nesta safra a maior parte da plantação se desenvolveu bem e esperamos uma boa colheita que também depende do tempo, pois se vir uma chuva com granizo danifica a planta e a produtividade consequentemente diminui”, explica José. Além do fumo a família também produz soja e mel.

Cultivado em 619 municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, o tabaco tem na região Sul 98% da produção brasileira. Com 154 mil produtores integrados, um universo de aproximadamente 615 mil pessoas participa do ciclo produtivo no meio rural, somando uma receita bruta anual de R$ 5bilhões. Na safra 2014/2015 foram produzidos 692 mil toneladas e, entre os municípios, o maior produtor foi Venâncio Aires (RS), com 20.316 toneladas, de acordo com dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

No Paraná a produção se concentra principalmente na região dos Campos Gerais e Centro do Estado, o que coloca cinco municípios dessas regiões entre os 20 maiores produtores de tabaco do país.  São João do Triunfo ocupa a sexta posição no ranking nacional, com 13.680 toneladas produzidas. Os demais municípios paranaenses que aparecem na lista, divulgada pela Afubra são Rio Azul (11º), Prudentópolis (15º), Ipiranga (18º) e Imbituva (20º). O ranking é surpreendente para quem não está familiarizado com o universo da produção de tabaco. Estas cidades possuem tradição na plantação de tabaco e tem nesta cultura a mola propulsora da economia. Inclusive, o desenvolvimento de algumas delas se baseou especificamente do trabalho dos fumicultores.

Colaborando com os números do ranking, a família Wardenski diz que o cuidado com a cultura tem que começar desde o canteiro. “Quando você trata as mudas é preciso fazer o procedimento correto para o pé de fumo se desenvolver da maneira certa, e o solo deve estar preparado para receber a plantação. Nós investimentos muito em adubação e utilizamos a técnica do plantio direto que protege o solo, pois mantém uma camada de palha sobre o mesmo, favorecendo a produção de fumo mais limpo, no caso com menos impurezas, tais como capim, areia e pó”, diz o produtor.

A fumicultura é bastante exigente em termos de força de trabalho, cujo ciclo produtivo dura cerca de 10 meses, dividindo-se basicamente nas fases de produção de mudas e de campo. “Para iniciar esse tipo de atividade a pessoa não pode pensar que é brincadeira, isso é coisa séria e é preciso conhecer uma plantação como a planta sai do canteiro, vai para a terra, é colhida e secada na estufa. As fases da produção do fumo começam no canteiro, depois é a fase da lavoura, a capação que prepara a lavoura para a colheita e por último a secagem”, explica Ivonel.

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