Rádio Legendária inicia entrevistas com Secretários Municipais

Obras paralisadas, estradas rurais e situação da Secretaria foram alguns dos assuntos abordados na entrevista realizada por Marina Varchaki.

Jornal Cidade Legendária está conversando com responsáveis pelas secretarias. O primeiro a ser ouvido foi Fábio Furiati, de Obras e Urbanismo. Confira o que ele disse no programa que foi ao ar no dia 25 de janeiro.

A Rádio Legendária AM 960 iniciou nesta semana, no Jornal Cidade Legendária, apresentado das 7h às 8h, uma série de entrevistas com os Secretários Municipais da Prefeitura da Lapa.

Na quarta-feira 25 de janeiro, o primeiro entrevistado foi o Secretário de Obras e Urbanismo, Fábio Furiati. Engenheiro Civil, trabalhou no antigo ITCF (atual Instituto Ambiental do Paraná – IAP), posteriormente chegou a Diretor de Engenharia do mesmo órgão. Na Eletrosul – Centrais Elétricas do Sul do Brasil, trabalhou durante 19 anos.

Fábio Furiati assumiu a Secretária de Obras no início de 2017. Recebeu as boas vindas e o agradecimento por conceder a entrevista na Rádio Legendária, sanando possíveis dúvidas sobre assuntos relacionados a Secretaria. Confira a entrevista concedida a Marina Varchaki.

Marina – Jornal Cidade Legendária: Secretário, em quase um mês de início dos trabalhos a frente da Secretaria de Obras e Urbanismo, nos conte quais foram as primeiras medidas, a forma da administração adotada, e as prioridades?
Fábio Furiati: Bem, a população tem que entender que quando muda a administração, não necessariamente acontece um milagre, onde as coisas acontecerão rapidamente e tudo será resolvido. A mudança, principalmente, fundamentalmente, a mudança é de princípio, é de ação, muda forma de ação, a forma de agir, mudam as pessoas. A tendência, quando você muda, é que você cria uma expectativa muito grande, e isso ai tem que tomar cuidado, porque a prefeitura é a mesma, as verbas são as mesmas, tudo continua quase igual, o que muda é a forma de agir. Nós temos o compromisso de fazer o básico bem feito, isso foi o que o Prefeito colocou na sua plataforma política, então o básico bem feito. Nós temos tomado medidas, primeiro elegendo prioridades, nós estamos elegendo prioridades e executando dentro das limitações, que são impostas para secretaria.

M – JCL: As pavimentações, os projetos que estão em andamento, como está a continuidade dos trabalhos, tanto na Vila São José e demais bairros e vilas?
FF: A população tem quando tem informação, ela tem melhores formas de cobrança, bem como fica mais situada e não fica reclamando. Se ela não souber do que está acontecendo ela reclama sem nenhuma consistência. O que acontece é o seguinte: todo mundo sabe que existe um processo de licitação quando se vai fazer uma nova obra, isso são regras básicas impostas. Às vezes as empresas não correspondem com aquilo que foi colocado no papel. Então, o que acontece é o seguinte, a empresa que está fazendo a pavimentação na Vila São José, próximo ao Fórum, teve problemas, não tinha condições de continuar. Então a Prefeitura, a nova administração, decidiu resolver o problema. Nós vamos romper o contrato com ela, para fazermos uma nova licitação, alocarmos novos recursos para definitivamente terminar essa obra. Isso significa que vai demorar um pouquinho mais, isso significa que a população tem que ter um pouquinho mais de paciência. Porém, é uma forma definitiva de resolver o problema. Nós poderíamos continuar com essa empresa, porém nós voltaríamos aqui, uns seis ou oito meses depois, e a pergunta seria a mesma. E nós queremos, eventualmente, em um prazo mais curto, chegar aqui e dizer que está executada a obra.

M – JCL: Como melhorar o processo de circulação de veículos no trânsito? Já se tem alguma ideia? É fundamental que seja feito algo, tendo em vista os problemas encontrados no dia-a-dia.
FF: Exatamente, a Lapa é uma cidade que, igual a todas as outras, começou a ter um crescimento urbano grande. Isso significa que é necessário que a gente tenha um cuidado com a parte de trânsito, de estacionamento, e das coisas que afetam a mobilidade urbana. A Lapa não tem hoje em funcionamento um Conselho Municipal de Trânsito. A Lapa tinha um Conselho Municipal de Transporte Coletivo e as pessoas faziam uma confusão. Então, o que nós estamos fazendo? Estamos tirando, eliminando esse Conselho Municipal de Transporte Coletivo, não é que ele não seja importante, mas nós temos antes dele a necessidade de ter o Conselho Municipal de Trânsito, que é exatamente para regular as ruas, as mão de rua, estacionamentos, as formas de como as ruas têm que ser gerenciada, para que tenha um trânsito de melhor fluência. Então nós estamos criando o Conselho Municipal de Trânsito e quem deverá falar pela população, nesse Conselho Municipal de Trânsito, será a Câmara de Vereadores. Então para a gente ordenar terá o Detran, o Comandante da Polícia, um representante da prefeitura, um representante da Associação Comercial e um representante da Câmara de Vereadores. Então, as coisas se funcionarem como a gente está imaginando, serão via este Conselho Municipal. Provavelmente terá responsabilidade sobre a nova forma de fluência do trânsito na Lapa.

M – JCL: Falando das estradas rurais, como será realizada essa manutenção? E já falando também das PRs que cortam algumas regiões.
FF: Bom, a Lapa tem aproximadamente, entre todas as estradas, quase três mil quilômetros de estradas rurais. Isso é mais ou menos a distância quase que da Lapa até o Estado de Alagoas. Então imaginem em três mil quilômetros de estradas não pavimentadas, para serem mantidas, quase três mil km. É uma coisa assim muito difícil, mas isso não era surpresa para nós, nós sabemos, eu não estou aqui me queixando disso, isso é uma realidade. Então o que a gente tem que ter é muito cuidado para que possa manter minimamente as estradas funcionando, porque é necessário sair, escoar a safra, é necessário ônibus escolar transitar, as pessoas terem trânsito rápido quando tem a questão da doença. Então, estamos fazendo o seguinte: num primeiro momento, estamos atacando onde tem mais problema, a nossa ideia é, na medida que isso for acalmando, poder fazer um trabalho real de manutenção constante. Não é muito fácil, mas essa é a nossa intenção.

M – JCL: Qual foi a situação encontrada na secretaria, máquinas equipamentos e o efetivo?
FF: Não posso dizer que foi encontrada uma coisa horrível, isso não foi. Mas, foram encontradas algumas situações. Por exemplo, combustível para ambulância… Quando muda a administração, o povo continua ficando doente, as estradas continuam estragadas… Então tem que ter um pouco de responsabilidade, para que a nova administração, independente de não ser a sucessão as pessoas, tem que ter. Houve realmente um atrapalho, por uma falta, assim, de interesse, por quem perdeu a eleição. Mas, no caso geral, até porque a gente não pode, eu, particularmente, não posso reclamar, porque quando aceitei esse cargo sabia que não estava bom. Se tivesse bom, não seria eu, seria o anterior.

M – JCL: Futuramente esperamos estar conversando novamente para saber sobre o andamento dos trabalhos à frente da Secretaria. Agradecemos pela entrevista.
FF: Agradeço aos ouvintes, agradeço a Rádio Legendária. É fundamental que possamos ter este canal de comunicação entre a administração e a população, porque somos nada mais nada menos que empregados dessa população. A gente precisaria mudar um pouco a questão de entendimento sobre a administração pública. As pessoas, o que puderem fazer para a coletividade, por exemplo, limpar a frente de sua rua. Se você limpar a frente de sua rua e a Prefeitura não precisar fazer essa limpeza, significa que foi economizado um dinheiro, e esse dinheiro poderia ser usado na merenda escolar, e usado na melhoria para a população. É necessário também que a população interaja com a administração pública, porque isso facilita, isso economiza, e aí a gente poderia ter uma cidade muito melhor do que ela já é, porque ela já é boa.

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