Serenatas na Lapa

Há 65, 69 anos atrás, os velhos seresteiros, poetas e músicos da Lapa encantados com as noites de luar e céu cheio de estrelas brindavam as pessoas de suas amizades com belas canções que transformaram as noites da Lapa com romantismo e deixou saudade dos tempos românticos que não voltam mais.

Meu chapéu de palha, que saudade!

Nessas noites encantadas das músicas do passado se fazia ouvir o que de mais belo existia na música inebriante que tocava de emoção, a todos quando as ouvia.

Era maravilhoso ouvir La Paloma de Iradier, Luzes da Ribalta de Charles Chaplin, Serenata de Toselli, Maria La O de Ernesto Lecuona, Jurame de Maria Grever, Luar do Sertão, Saudades do Matão e não podia faltar Danubio Azul, Vozes da Primavera, Contos dos Bosques de Viena de Johann Straus, melodias essas que encantavam as noites do passado…

Hoje, já velho, recordando a vida antiga, recordo com saudade as noites encantadas da Lapa, onde as músicas, o romantismo e o sentimento de beleza, encantavam as noites da Lapa, e a todos os que recebiam as fascinações de uma noite ao som de uma serenata.

Lapa querida, tuas noites eram muito encantadas, ao som de teus saudosos músicos e poetas da vida, que te enfeitaram de encanto.

 

Abdalla João Dardaque

Cidadão Honorário da Lapa

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