Do aperto à solução

Em sua barraca na feira do produtor, Sra. Lindamir oferece pães, bolos, tortas e salgados. Qualidade de produtos é diferencial.

A situação não estava fácil em 2011. A agricultura não tinha rendido tão bem quanto o marido de Lindamir esperava, e ela começou a pensar em opções para complementar a renda.
Por um bom tempo pensou em várias atividades, e em abril daquele ano, durante uma conversa com sua irmã, que mora na Cidade Nova, decidiram aventurar-se na panificação. E assim, Lindamir Serena Sluga e sua irmã Roseli Serena Pinto começaram a produzir pães, salgados, bolos e tortas, usando primeiro a cozinha de Roseli. A produção era comercializada com carro na cidade, e começaram a atrair clientes. Logo tiveram que ampliar, mas o único espaço disponível era a lavanderia. Dito e feito: organizaram e reformaram tudo e lá foram.
Mas ainda não era uma cozinha industrial como manda a legislação sanitária, e por dois anos as irmãs trabalharam sem nenhum registro. Em 2013 conseguiram criar instalações de acordo com os padrões exigidos, e a coisa profissionalizou-se e formalizou-se.
Quando fomos procurar pela Sra. Lindamir, chegamos até a Johanesdorf. Questionamos “quem era a senhora que faz pães”, e a resposta foi bastante dúbia: “oras… aqui todo mundo faz!”. Pois é. Existem várias pessoas na cidade que trabalham com panificação, mas poucas conseguem – ou tem interesse – pela formalização.
E a formalização trouxe alguns benefícios. Só com ela as irmãs puderam pleitear um espaço na feira do município, onde atuam desde 2013. Também podem comercializar seus produtos em qualquer lugar que desejarem, sem temer represálias. Finalmente, também deu amparo para atender festas e eventos de empresas e órgãos públicos.
Não que alguém tenha ficado rico com a atividade. Mas o progresso existe, pois hoje além das irmãs também trabalham o filho de Roseli e a filha de Lindamir. Nestes tempos de desemprego generalizado, isso é uma tremenda vantagem.
Perguntamos à Lindamir o que ela achava do começo dessa sua história, e ela afirmou que como tudo que se inicia sempre tem dificuldades. A falta de conhecimento e confiança das pessoas no produto é um entrave, mas é importante não desistir. No caso dela, foi importante a parceria com a irmã, pois sempre que uma esmorecia a outra ajudava a levantar os ânimos, e assim conseguiram prosperar. A paixão pelo ramo dos alimentos só aumentou, e considera que é uma atividade relativamente segura, mas que deve-se estar sempre atento para a qualidade dos produtos, senão o declínio é certo.

 

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