Congada é tema de trabalho na PUCPR

Projeto tem como objetivo registrar jornalisticamente os aspectos históricos da manifestação afro-brasileira da Congada Ferreira da Lapa.

Um grupo de estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) iniciou uma pesquisa sobre a Congada Ferreira da Lapa. Os estudantes Ema Cristina, Giovanna Rell, Hanna Siriaki, Igor Arendt e Julia Favaro identificaram que a manifestação afro-brasileira da Congada Ferreira da Lapa é desconhecida por 61% dos respondentes em uma amostra de 383 participantes.

A Congada Ferreira é composta principalmente pela própria família Ferreira, justamente pelo fato dessa tradição ser passada de geração a geração. Atualmente ela é formada por mais de 40 integrantes, composto por grupo de dança e músicos. Não se sabe ao certo a data efetiva de seu início, mas estima-se que em 2020 a Congada complete 200 anos.

Giovanna Rell, uma das integrantes do grupo de estudantes da PUCPR, explica que a escolha do tema surgiu após a realização de outros trabalhos relacionados à temática da cultura negra durante a graduação. “Identificamos o quanto esse tema não tem a representatividade que deveria e, por isso, decidimos trabalhar com a congada e lutar por sua valorização”, afirma.

“Para valorizar a Congada estamos realizando uma produção jornalística transmídia que refere-se a um processo de narrativa construído através de diversas plataformas e múltiplos canais. Cada uma delas tem como propósito acrescentar algo de novo à narrativa da plataforma principal, contribuindo com novos elementos e tornando o enredo mais rico. Para tornar nosso projeto uma narrativa transmídia, elaboramos um fotolivro, documentário fragmentado, ação na ONG De Mãos Unidas, infográfico 360º e interação via Instagram”, explica Hanna Siriaki, também integrante da equipe.

Segundo o atual Embaixador e representante da Congada Ferreira da Lapa, Ney Ferreira, participante do grupo desde seus seis anos de idade, a prática é passada pelas gerações da sua família: “Tudo começou com meus bisavós, avós, pais, irmãos mais velhos e hoje eu, um dos mais novos a assumir o grupo. Eu era Conguinho quando virei Embaixador e logo após passei a gerenciar tudo, mesmo tendo todos os outros irmãos mais velhos que não quiseram assumir”, contou.

É possível acompanhar o desenvolvimento do projeto no Instagram @herdeirosdocongo, Facebook e no site www.herdeirosdocongo.com

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