Mãe: ligada a um cordão, você deu a luz a uma imensidão

Na programação dos 250 anos da Lapa, fotógrafa Jamile Linhares irá expor ensaios feitos com muita sensibilidade, de momentos tão especiais na vida das mulheres e suas famílias. Abertura acontece dia 17.

Dando sequencia a programação cultural do aniversário de 250 anos da Lapa, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, por meio Departamento de Cultura, juntamente com a artista Jamile Linhares, promove a Exposição Fotográfica “Mãe: ligada a um cordão, você deu a luz a uma imensidão”.

A abertura acontece nesta sexta-feira, 17 de maio, às 19h30, na Sala de Exposições Lafaete Rocha, localizada na Praça General Carneiro. A entrada é gratuita.

Na mostra, Jamile apresenta um pouco do seu trabalho fotográfico, que envolve a sensibilidade da artista em registros marcantes. Em perfeita sintonia numa total interação, o resultado é o encontro harmonioso da plenitude dos momentos mais importantes da vida de toda mulher.

“Estar dentro desse circuito de 250 anos da Lapa, junto de pessoas maravilhosas expondo seus trabalhos e contribuindo para trazer movimento a essa programação comemorativa, me deixa extremamente feliz, por estar fazendo parte e colocar mais tantas outras pessoas maravilhosas da nossa cidade dentro dessa exposição”, comenta a fotógrafa, explicando que a Lapa sempre vai influenciar diretamente o olhar de quem tem sensibilidade com a história, com a cultura, com a arte. “Com toda certeza esse cenário influenciou direta e indiretamente na profissional/pessoa que sou hoje”, comenta.

A exposição conta com 42 quadros em 42 ensaios diferentes, e mais ensaios com mães e filhos/família passando em uma tela.

A FOTÓGRAFA

Jamile Linhares, 25 anos de idade, nascida e criada na Lapa, graduada em Fotografia pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), contou à Tribuna Regional que sua relação com a fotografia é antiga. “Tudo começou quando era criança/adolescente. Sempre entendi e aprendi mais através de imagens/vídeos ao invés de explicações ou textos”, contou. Ela cresceu e seu objetivo era cursar cinema, mas as coisas foram caminhando para a Fotografia quando começou a trabalhar com alguns fotógrafos da cidade, entre eles o que considera o seu padrinho na fotografia, Marcelo Zarur, por ter a incentivado a ir estudar a arte. Jamile se formou no curso universitário com o trabalho de conclusão de curso focado nas gestantes/mães.

No portfólio de Jamile, consta sua visão de que “fotografias são janelas”. Ela explica que através de uma imagem, o que estiver sendo visto é um convite a, por um momento, parar para contemplar um instante, algo que, especial ou não, vai provocar algum sentimento, alguma emoção, alguma reflexão. “A fotografia pode proporcionar a mesma coisa, basta olhar e sentir”, analisa.

E é este “olhar e sentir” com sensibilidade gigantesca que poderá ser conferido na exposição. E a escolha do tema “mãe” não poderia ter sido mais certeiro neste sentido. Jamile teve o objetivo de homenagear todas as mães em seu mês. “Meu carro chefe é gestante e família. Mas (a escolha se deu) por muitos outros motivos também. Porque o ensaio que me fez decolar foi de uma mãe (uma das mais fortes que conheço), porque olhando nos meus arquivos elas aparecem fortemente e dominando a cena, porque esses registros conseguem transmitir ainda mais meu propósito na fotografia, a verdade, o amor, a naturalidade”, comenta.

MOMENTOS MARCANTES

A fotógrafa conta que, em sua carreira, o que mais marcou até aqui foi a troca de histórias, o contar histórias, fazer amizades, abraçar vivências. “Poder contar a história de alguém através da fotografia e aprender com essas pessoas”, relata. “E o que mais marcou dentro de mim, de Jamile pra Jamile, foi aprender que não posso agradar todos da maneira que eu queria, de me ver humana e errando, de cair e deixar de acreditar no meu trabalho por momentos, de aprender que cada pessoa é realmente um universo, e que isso pode ser bom, e às vezes não tão bom”, diz a profissional.

Jamile, 25 anos, conta que em seu trabalho aprendeu que cada pessoa é um universo.
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