Homenagem à Educadora Nídia Gemin: Uma Vida Dedicada à Educação

No Dia do Diretor de Escola, celebrado em 12 de novembro, *A Tribuna Regional* presta uma homenagem especial à professora e ex-diretora Nídia Gemin, figura marcante na história da educação em Lapa. Sua trajetória ilustra a dedicação e paixão que marcaram seus mais de 30 anos de serviço à comunidade escolar. 

Uma jovem com apenas 17 anos de idade, formada na Escola Normal, assim é o início da carreira de docente de Nídia Gemin. Naquela época era comum às famílias decidirem por seus filhos a educação a que teriam acesso e o curso de ‘normalista’ foi a escolha óbvia para ela. Ela conta que era natural para todas as jovens moças esta escolha de caminho, visto que a profissão de professora dava espaço para num futuro casamento ainda dispor de tempo para a casa e filhos, enquanto lecionava durante meio período. Como tinha apenas 17 anos teve que esperar até a maioridade para assumir uma função como professora assistente, o que acabou levando a profissional para a cidade de Porto Amazonas, onde exerceu seu ofício por seis meses, antes de conseguir uma transferência para a Lapa.

Aqui na cidade começou seu trabalho na escola da Vila São José, para a qual se dirigia todos os dias a pé. Nídia conta que não se sentia cansada e a cada dia que estava em sala de aula aprendia tanto quanto ensinava e isso a fortaleceu na convicção de que educação era a sua vocação de vida.

Entre idas e vindas entre outras escolas locais, ela acabou sendo transferida para a Escola Manoel Pedro, que na época era uma instituição estadual, assim como todas as outras escolas. Nesta instituição seu trabalho sempre foi focado nos últimos anos do antigo primário, hoje fundamental I, onde podia compartilhar seus conhecimentos e ensinamentos com os pequenos alunos. Ela afirma que naquele tempo o professor era visto como uma figura de respeito e eram poucas as vezes que se fazia necessário o uso da disciplina, pois as crianças já vinham de casa educadas para respeitar, obedecer e seguir as orientações dos mestres.

Muitas gerações passaram por seus ensinamentos no quadro-negro e hoje seus alunos a encontram, reconhecem e sempre a cumprimentam com muita alegria e saudades dos bons tempos de sala de aula.

No ano de 1979 Nídia foi chamada para assumir a direção do Manoel Pedro, cargo esse que exerceu até sua aposentadoria em 1988. Foram dez anos de muito trabalho e dedicação numa escola onde as salas de aulas contavam com uma média de quarenta alunos, senão mais.

A escola funcionava, no início do período de sua Direção, como ensino primário e supletivo, curso este que era realizado no período noturno. Após alguns anos o nome mudou para Escola Estadual Dr. Manoel Pedro e o foco da instituição concentrou-se na educação infantil dos primeiros anos.

Como era uma Escola Estadual, toda e qualquer reivindicação necessária para as melhorias do cotidiano escolar dependiam da busca por recursos na capital paranaense, tarefa essa que não era muito fácil e muito trabalhosa. Para auxiliá-la na condução dos destinos da escola, a professora Nídia afirma que sempre pôde contar com o trabalho e dedicação dos pais e professores, sendo que a APM (Associação de Pais e Mestres) da época sempre foi muito ativa e colaborava em todas as ocasiões.

As professoras que compunham o quadro docente também merecem louvor, segundo Nídia, visto que eram pessoas extremamente prestativas e dedicadas, sempre trazendo à escola sugestões e soluções para as mais diversas questões.

A então diretora lembra com saudade das promoções realizadas pela escola, como a tradicional festa junina do Dr. Manoel Pedro, trabalho este que era feito em conjunto com toda a comunidade escolar. Cada festa, uma melhor que a outra. A comemoração junina da escola era referência para todas as outras instituições, com ampla participação dos alunos em todas as apresentações e milhares de pessoas presentes prestigiando a escola.

Destes eventos e dificuldades surgiram grandes amizades, primeiro com as professoras que lecionavam na escola, depois com os pais e futuramente com os alunos, que hoje a reconhecem e a cumprimentam, lembrando os bons tempos de seus estudos infantis.

O trabalho como Diretora sempre foi árduo, mas nossa entrevistada afirma que sempre foi dividido entre todos os interessados, seja pais, ou sejam professoras. Com a carga mais leve a direção da escola conseguiu manter e ampliar a qualidade de ensino para seus alunos.

Depois de aposentada Nídia Gemin afirma que lembra com saudades da docência e da direção da escola principalmente pela convivência com as pessoas que por lá estavam. O cotidiano de desafios era suplantado pelas amizades sinceras e pelo grande carinho que sua direção recebia de todos.

“Sempre falam que eu era uma diretora rígida, mas sempre busquei oferecer o meu melhor para a escola, professores, pais, mas principalmente para os alunos, por isso sou muito grata por todos os que me param para conversar, abraçar ou lembrar de momentos daquele período”, afirmou com emoção a nossa Diretora de Escola.

HOMENAGEM

No dia 12 de novembro é comemorado o Dia do Diretor de Escola e A Tribuna Regional escolheu esta querida e marcante personalidade para representar todos os profissionais que se dedicam a organizar e gerir as instituições de ensino. O trabalho de vocês é muito importante e merece nossas felicitações.

Homenagem à Educadora Nídia Gemin: Uma Vida Dedicada à Educação.
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