
Escolas da Lapa e Contenda se adaptam à nova lei do celular com regras rígidas e abordagens diversas.
A nova lei que proíbe o uso de celulares nas escolas da educação básica no Brasil entrou em vigor e os colégios estaduais da Lapa e Contenda estão se adaptando para cumprir a determinação. Apesar de algumas divergências de opinião entre alunos, professores e pais, todas as instituições garantem que seguirão as novas regras com medidas próprias para evitar infrações.
Colégio Manoel Antonio da Cunha – Polivalente (Lapa)
Com 450 alunos no período da manhã e 390 à tarde, o Colégio Polivalente, sob a direção de Brenda Ferrari e a direção auxiliar de Sandra Walechinski, permitirá que os estudantes tragam seus celulares, desde que permaneçam guardados nas mochilas.
Caso um aluno seja flagrado utilizando o aparelho, será advertido para guardá-lo. Em uma segunda ocorrência, o celular será confiscado e devolvido ao aluno ao final do turno. Na terceira reincidência, apenas os pais poderão retirar o aparelho, necessitando apresentar a nota fiscal de compra, conforme a lei.
Colégio General Carneiro (Lapa)
Com 390 alunos pela manhã e 270 à tarde, a direção do Colégio General Carneiro, liderada por Robson Suero, também adotará medidas restritivas. Embora os alunos possam trazer seus celulares e mantê-los nas mochilas, a utilização dentro do colégio será terminantemente proibida.
Se um estudante for pego utilizando o celular, o aparelho será apreendido e entregue apenas aos pais, que deverão apresentar a nota fiscal, como exige a nova legislação.
Colégio Agrícola (Lapa)
O Colégio Agrícola, que atende 480 alunos em tempo integral e interno, terá uma abordagem diferenciada devido à sua estrutura e rotina. Os estudantes poderão portar celulares, mas o uso será restrito. Durante as aulas e intervalos, o uso será proibido. No entanto, entre 12h e 13h, durante o intervalo do almoço, o uso estará liberado.
Após as 17h30, os alunos que retornam para casa poderão utilizar seus aparelhos livremente, enquanto os internos terão permissão de uso até as 21h, conforme o regimento da instituição. Caso haja infração, o celular será recolhido e entregue apenas ao responsável legal.
A direção está a cargo de Eros Berg Ferreira do Amaral, com Maria Cristina Laus como vice-diretora.
Colégio Ziloah de Moura Carvalho (Contenda)
Com 600 alunos, o Colégio Ziloah de Moura Carvalho, sob a direção de João Paulo, terá uma das abordagens mais rigorosas. O uso de celulares estará completamente proibido em qualquer dependência da instituição. Em casos de emergência, os alunos poderão utilizar o telefone da secretaria para contato com os pais.
Se um aluno for flagrado utilizando um celular, seus pais serão chamados para comparecer à escola e assinar um termo de responsabilidade sobre a legislação vigente.
Colégio São José (Lapa)
O Colégio São José, com 615 alunos distribuídos entre o Ensino Médio, EJA e Ensino Fundamental, está sob a direção do professor Adriano e da vice-diretora Tânia Mara Bueno. A instituição adotou um sistema rigoroso de retenção dos celulares encontrados em posse dos alunos.
Quando um estudante é flagrado com um aparelho, ele é imediatamente recolhido e armazenado em uma caixa com cadeado, sendo devolvido apenas alguns minutos antes da saída.
Graças ao amplo apoio e à divulgação massiva da nova legislação pela mídia, a direção da escola relata que a presença de celulares entre os alunos diminuiu consideravelmente, o que tem facilitado a adaptação às novas regras.
Ajustes pedagógicos e emergências
Em todas as instituições, os professores que precisarem utilizar celulares como ferramenta pedagógica deverão incluir essa necessidade no plano de aula e apresentar à direção com pelo menos uma semana de antecedência.
Para contatos de emergência, os alunos deverão utilizar os telefones das secretarias escolares. Além disso, mesmo durante os intervalos para lanche, o uso de celulares continuará proibido.
Divergências e impacto
A implementação da lei tem gerado debates entre pais, professores e alunos. Enquanto alguns acreditam que a medida é essencial para melhorar a concentração e a interação social, outros argumentam que a proibição total pode dificultar a comunicação entre estudantes e família.
Apesar das divergências, as direções das escolas afirmam que a lei será cumprida de forma rigorosa e que ajustes poderão ser feitos conforme a necessidade ao longo do ano letivo.
