A cidade provou que, mesmo longe dos grandes centros, o rock pulsa forte, alimentado pela determinação dos músicos que lutam para manter a cena viva.

Já se passaram sete anos desde que estive em Lapa, no Paraná, gravando um dos episódios do Tour Rock Brasil. A cidade histórica, marcada por batalhas do passado, se mostrou também um reduto de resistência do rock independente. Naquela ocasião, mergulhei na cena local, conhecendo bandas, ouvindo histórias e registrando a força do rock no interior do estado. Foi uma experiência tão marcante que fui destacada como embaixadora do rock da Lapa, um reconhecimento que me enche de orgulho. Além disso, tive a oportunidade de conhecer o incrível Museu do Rock, criado por Mário Ozzy, um verdadeiro guardião da história do rock na cidade.

O Palco da História e do Rock

Lapa é conhecida por seu patrimônio histórico, mas naquela noite, o que fez ecoar pelas ruas de paralelepípedo não foram tiros de revoluções passadas, e sim riffs pesados, letras intensas e muita energia. A cidade provou que, mesmo longe dos grandes centros, o rock pulsa forte, alimentado pela determinação dos músicos que lutam para manter a cena viva.

Dentre as bandas que fizeram parte dessa gravação e ajudaram a construir essa memória, destaco:

Seresta da Lapa – Rock clássico e alternativo, com letras poéticas e envolventes.

Tropeiros do Rock – Som visceral e letras que abordam temas sociais e existenciais.

Fuga da Alma – Rock intenso, mesclando peso e melodia, com letras profundas.

Kyller Jack – Hard rock e blues, cheio de groove e solos marcantes.

Eclysia – Rock alternativo com pegada progressiva, criando atmosferas únicas.

Ninguém Ker – Rock irreverente e contestador, com letras afiadas.

Full Diesel – Peso e velocidade, trazendo influências do punk ao metal alternativo.

Além dessas bandas, a Lapa conta com um evento que fortalece a cena: o Festival de Rock da Lapa.

O Festival de Rock da Lapa: Um Marco na Cena Local

O Festival de Rock da Lapa é um dos momentos mais esperados pelos amantes do rock na região. Com um line-up formado por bandas independentes do Paraná e de outros estados, o festival se tornou um ponto de encontro para músicos, fãs e produtores, fortalecendo a identidade do rock local.

Durante minha passagem pela cidade, pude sentir de perto a importância desse evento. O festival não é apenas um palco para apresentações, mas também um espaço de resistência, onde novas bandas têm a chance de mostrar seu trabalho e veteranos reafirmam sua relevância na cena.

A energia do festival, a troca entre as bandas e a paixão do público criam um ambiente único, mostrando que o rock, mesmo em tempos difíceis, segue vivo e pulsante. É uma celebração da música, da cultura underground e da persistência de quem acredita na arte independente.

Museu do Rock: Guardião da História da Música Local

Além de conhecer a cena musical da Lapa, tive o privilégio de visitar o Museu do Rock, um espaço criado por Mário Ozzy, dedicado a preservar a memória do rock na cidade e no Brasil. O museu reúne discos raros, pôsteres, instrumentos e registros históricos, servindo como um verdadeiro santuário para quem ama a música.

Esse espaço é uma prova do impacto duradouro que o rock tem na vida das pessoas, mostrando que, além de um gênero musical, ele representa uma cultura, uma identidade e uma resistência.

O Impacto do Tour Rock Brasil e a Cena Hoje

Gravar esse episódio na Lapa foi um dos momentos marcantes da jornada do Tour Rock Brasil. Sete anos depois, olhar para trás e lembrar dessa experiência só reforça a importância do projeto. A missão sempre foi dar visibilidade ao rock independente, resgatar histórias e fortalecer a cena musical de cada região.

O cenário do rock sempre passa por desafios, mas a energia das bandas e dos músicos locais mostra que a paixão pelo som nunca morre. Mesmo após tantos anos, espero que a cena da Lapa continue ativa, com novos nomes surgindo e os veteranos mantendo viva essa tradição.

E Agora? O Tour Rock Brasil Continua!

O Tour Rock Brasil seguiu sua jornada, e agora restam apenas sete estados para completar essa missão épica. Mas cada cidade visitada, cada banda registrada, continua fazendo parte dessa história.

Se você é da Lapa e acompanha a cena local, me conta: como está o rock por aí hoje? O Festival de Rock da Lapa segue firme? O Museu do Rock continua recebendo visitantes? Quais bandas estão na ativa? Vamos manter viva essa conexão e continuar espalhando o rock brasileiro pelo país.