Adentramos 2025 carregados de incertezas, fruto de um cenário nacional marcado por decisões controversas e políticas que dividem opiniões. Após dois anos de governo Lula em seu terceiro mandato, o Brasil parece mergulhado em dúvidas sobre o que o futuro reserva para os cidadãos comuns.
As medidas tomadas até agora já revelam uma clara tendência de expansão estatal e controle, com o aumento do número de ministérios e ações vistas como cerceamento das liberdades individuais, incluindo a liberdade de expressão. Paralelamente, os cortes em áreas cruciais, como saúde e educação, contrastam com os gastos vultosos em viagens presidenciais, patrocínios a figuras midiáticas e uma generosa verba destinada a grandes emissoras de TV, consolidando uma máquina de propaganda governamental que busca moldar narrativas.
Entre as preocupações que se destacam neste início de ano está a proposta de monitoramento das atividades financeiras individuais, que promete intensificar a fiscalização da Receita Federal sobre a população mais pobre. Essa medida, que muitos já consideram um avanço sobre a privacidade e um novo peso para os menos favorecidos, gera um sentimento de insegurança e desconfiança.
Ainda mais preocupante é o ambiente de censura velada que se intensifica no país. Discursos dissonantes são taxados de desinformação, enquanto vozes contrárias às diretrizes do governo enfrentam cancelamentos, bloqueios e até investigações. A pluralidade de ideias, essencial para qualquer democracia saudável, parece cada vez mais sufocada por uma narrativa oficial que não tolera oposição.
Além disso, a economia segue em um terreno instável. As altas taxas de juros e a inflação persistente corroem o poder de compra das famílias, enquanto setores estratégicos aguardam por reformas estruturais que nunca chegam. O mercado, desacreditado, responde com volatilidade a cada nova declaração ou movimento governamental. Os pequenos empreendedores, pilares da economia local, sentem o peso da insegurança econômica e da alta carga tributária, que dificulta a manutenção de seus negócios.
A divisão social também é um reflexo alarmante da atual conjuntura. A polarização política, longe de ser amenizada, aprofunda-se a cada dia, criando uma sociedade fragmentada e incapaz de dialogar. Em um país onde os problemas coletivos exigem cooperação, a falta de consenso apenas agrava as crises que já enfrentamos.
Diante deste panorama, a pergunta que ecoa é: o que fazer? Talvez a única certeza seja a necessidade de preparação individual. A redução de dívidas, a construção de reservas financeiras e a cautela em investimentos e gastos são passos essenciais para enfrentar um ano que promete ser, no mínimo, desafiador.
Se há algo que os brasileiros aprenderam ao longo das últimas décadas é a resiliência. Contudo, resiliência não pode ser confundida com apatia. É preciso que a sociedade se mantenha atenta, exija transparência e participe ativamente do debate público, cobrando ações concretas e eficientes do governo.
Que 2025 não seja apenas mais um ano de lamentos, mas de aprendizado e, sobretudo, de preparação para tempos melhores que, esperamos, um dia virão.