Sl 33 – Ainda que não substitua o texto em si, vamos à introdução, com vistas à interpretação e explicação contextualizada e atualizada, cristologicamente, dos Salmos, que têm em vista o conhecimento e a glória de Deus, em aroma suave, mediante Jesus Cristo. E nEle, na unidade do Espírito Santo, de fé em fé, edificação luteradora das consciências pávidas, exortação de soberbos e empedernidos, e consolo necessário, profícuo, ubérrimo dos corações atribulados.
O Salmo 33 é um Salmo de gratidão a Deus, o SENHOR, por Suas ações benevolentes. Ele que é vivo e presente, corporeamente, com quem nEle crê, nas e/ou apesar de toda sorte de necessidades, adversidades, cruz incomuns. Ele não deixa quem, por ação do Espírito, O teme, ama e nEle confia acima de tudo, de todas as coisas, de todas as pessoas, escravizado e derrotado pelo mal, eternamente. Deus, o SENHOR, para além do que a razão e inteligência conseguem dimensionar, quer e pode ajudar e socorrer quem, não obstante a cruz e as realidades adversas, persevera na Palavra e na fé, e louva a Deus como resposta da fé, e que invoca a Ele e Lhe rende culto via invocação, mediante Jesus Cristo. Ele, Deus Pai, pela Palavra, sem nossa participação, méritos, dignidades, boas obras, é o Criador e o Mantenedor de tudo o que vemos e não vemos, tendo a terra como centro das demais esferas celestiais. Para Ele não há impossíveis em todas as Suas promessas: nuclearmente, a que diz respeito a Jesus Cristo, a segunda Pessoa da Trindade. Deus, o SENHOR, é gracioso e fiel à Sua Palavra promissiva. Ele quer e pode ajudar, se Lhe aprouver, conforme prometeu, pois declara, notificando o povo peregrino à fé nEle: Eu sou o SENHOR, o teu Deus. Isto significa, em consonância com o salmodiado, como se Ele dissesse, aplicando a Palavra, via ministério da pregação da fé: Eu sou o teu consolo, o teu ajudador, o teu salvador, aquEle que zela por tua vida desde a tua concepção, e que te comula de bênçãos contra e/ou apesar do mal e da gente ímpia e pagã que, autoindulgente com o pecado intencional, se levanta contra Mim e duvida das Minhas promessas. E, ademais, inconteste é, para além do que os sentidos conseguem sentir e os olhos ver, que: todas as pessoas que foram feitas confiar, via Palavra e fé, no SENHOR, pelo Espírito Santo, em consonância com a Palavra, são abençoadas com Sua presença no maior e mais abrangente sentido; e ninguém pode reverter ou revogar a bênção de Deus, em Sua presença favorável, ela que lhes alcança e tem eficácia dupla. Uma é a forma como as pessoas que temem, amam e confiam em Deus, por ação do Espírito, vivenciam e experimentam ao Todo-Poderoso em Seu proveito e benefícios. Bem diferente é em relação às pessoas que, autojustificando o pecado e os pecados, se negam a ser membro do povo de Deus, no qual o ministério está presente e em uso na sua acepção pura, necessária, legítima, indispensável. Pois o Deus Espírito Santo age nos ouvintes crentes via Palavra e fé.
O salmista, inspirado pelo Espírito Santo, no convoca a que tragamos a Deus, o SENHOR, a gratidão e o louvor devidos. Louvar ao Criador e Preservador de tudo, sobretudo, do ministério da Palavra, é nosso dever. A música é um dos mais belos e gloriosos dons de Deus. Ela é inimiga de Satanás. Através dela se pode, como gente justa no SENHOR, espantar muita tentação e maus pensamentos. O diabo não a aprecia. Pois a música, em contendo louvor a Deus, mediante Cristo, é uma das mais belas artes. A melodia dá vida ao texto. A música espanta o espírito da tristeza, como se pode ver na história do rei Saul (1Sm 16.23). Ela, sendo Evangelho cantado, é o melhor remédio para quem está triste, pois, via Palavra e fé, devolve paz ao coração, traz renovo e refrigério, de fora, internamente, por ação do Espírito. A música é um belo e glorioso presente de Deus, muito semelhante à teologia. E, com toda certeza, gente reformadora da fé e da moral, cristólogos evangelistas, não a trocariam, se possível fosse, por nada nesse mundo hostial a Cristo e Seu Evangelho, bem como o culto a Deus, de fé em fé. Deveríamos, via Palavra e fé, consciente de que é nosso dever exultar ao SENHOR, ensinar música aos jovens, pois ela os torna gente boa e habilidosa nos três Estamentos.
P. Airton Hermann Loeve