Uma reflexão sobre a situação no Brasil: não seria melhor buscar a prevenção?
Especialistas afirmam que há muito que se mudar na cabeça das pessoas para que a saúde fique em primeiro lugar. A primeira atitude é saber que é necessário investir em prevenção. Quando se fala no assunto, é simples encontrar pessoas que concordem. Mas, na prática é diferente. Os preconceitos acabam falando mais alto. Um exemplo disso é a prevenção na área odontológica. Quantos já ouviram falar da necessidade de se cuidar da higiene bucal da criança desde quando é bebê? E quantos realmente colocam em prática.
Um exemplo de busca por prevenção é a figura de Osvaldo Cruz. Em 5 de agosto de 1872, ele nascia. E acabou por se tornar um dos maiores profissionais da medicina do Brasil. Osvaldo liderou campanhas importantes de combate à peste bubônica em cidades portuárias, à febre amarela e à varíola. A obrigatoriedade da vacinação também é uma de suas iniciativas. Tanta dedicação à saúde brasileira rendeu-lhe diversos prêmios durante sua vida. Para homenagear o médico, foi decretado o seu aniversário como Dia Nacional da Saúde.
Mas, depois de tantos anos e mesmo com o Dia Nacional da Saúde tendo sido decretado, é necessário se refletir sobre a forma como a sociedade lida com a vida. É comum, acontece com frequência: se deixa muito a desejar quando se trata de cuidar da saúde. A sociedade do estresse, da falta de tempo, da má alimentação, do sedentarismo são alguns dos fatores que levam à fragilidade da saúde das pessoas.
Segundo o IBGE, mais de 40% da população brasileira está acima do peso, correndo risco de diversas doenças que podem aparecer nessa situação. Os jovens e crianças sofrem com enfermidades que sempre foram vistas como de adultos e idosos, é o caso da hipertensão, diabetes e obesidade.
A má alimentação é um dos principais “culpados” pelo fato. Não se tem mais o costume de comer em casa, preparar alimentos naturais e desfrutar de um tempo com a família. Hoje, para não perder tempo, as pessoas procuram por lanches e salgados e o que realmente nutre o corpo fica de lado.
Outro problema grave é o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas. O livro “O Alcoolismo”, de Ronaldo Laranjeira e Ilana Pinsky, relata sobre o dizem as estimativas: cerca de 10% dos brasileiros são alcoólatras. E, ainda, de acordo com o site sobre tabagismo do Ministério da Saúde, aproximadamente 200 mil mortes por ano são em decorrência do uso do cigarro. Todos esses maus hábitos da população produzem efeitos negativos sobre os órgãos de digestão. Doenças como úlceras, gastrites, refluxo, problemas hepáticos, entre outras, podem aparecer pela agressão da fumaça e do álcool. Isso acontece porque os tecidos do sistema digestivo são sensíveis a esses agressores.
Outro ponto importante, mas pouco conhecido na população é a relação entre a forma de se alimentar e o desenvolvimento facial das crianças. Hábitos muito comuns como usar mamadeira, chupar o dedo e respirar pela boca podem desviar o crescimento correto do rosto.
A importância
Já diz um ditado que a prevenção é o melhor remédio. E realmente é. Principalmente quando vemos um sistema de saúde público que funciona com dificuldades e preços altos de convênios médicos.
Faltam leitos em hospitais, faltam remédios em muitas cidades. E falta também, políticas públicas efetivas de prevenção e educação na área da saúde. Não bastam atitudes paliativas. Seria preciso que houvesse políticas públicas sérias.
Talvez seja pedir muito em nosso país. Então, melhor pensar em outra solução…