Câmara da Construção da Fecomércio avalia entraves do PAC 2

O governo federal deve anunciar no  dia 29 de março a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que prevê investimentos de pelo menos R$ 40 bilhões  em saneamento básico entre 2011 e 2014. Apesar do incentivo ao setor da  construção civil, a Câmara do Comércio de Material de Construção da Fecomércio de Santa Catarina reserva críticas ao modelo de financiamento.

“As regiões metropolitanas têm valores de financiamento para unidades habitacionais superiores às demais. O governo federal deveria privilegiar o desenvolvimento socioeconômico das cidades com menor porte para fixar a população e não criar grandes bolsões de pobreza nas grandes cidades”, afirma Roberto Breithaupt, presidente da Câmara de Material de Construção da Fecomércio. O empresário destaca, ainda, que os valores deveriam ser equiparados, uma vez que o custo do material de construção, da mão de obra e de terrenos, é igual em todo o país. “Além disso, Santa Catarina tem poucos municípios com mais de 250 mil habitantes”.

Breithaupt explica que o PAC tem origem na necessidade de investimento em obras importantes para a economia do país, que beneficiem o desenvolvimento regional e diminuam as desigualdades sociais, evitando que os recursos sejam mal aplicados. Contudo, sinaliza Breithaupt, da forma como está assegurado, pode incentivar a migração de investidores e de mão de obra, uma vez que há privilégio às regiões metropolitanas e disparidade no volume de recursos  entre os estados.

Please follow and like us: