Bibliotecas serão obrigatórias nas escolas do País

Os alunos de todas as escolas brasileiras, públicas ou particulares, agora, passarão a contar com uma biblioteca. É o que determina o projeto da Câmara dos Deputados, aprovado, na terça-feira, dia 13 de abril, pela Comissão de Educação do Senado Federal, em caráter terminativo. Ou seja, a proposta vai direto para a sanção do presidente da República. Pelo projeto, além de manterem  uma biblioteca, as escolas vão ter que contratar um bibliotecário para cuidar do acervo e atender aos alunos. Os governos terão até dez anos para colocar em prática o projeto. Para a presidente do Conselho Federal  de Biblioteconomia, Nêmora Rodrigues, o projeto é a garantia de que os alunos terão acesso à educação, como previsto na Constituição Federal. “Os estudantes terão assegurados um direito que já é seu, que é o acesso  à educação, o acesso à informação, acesso à cultura, à promoção da leitura. Isso é fundamental para a formação dos nossos estudantes; com direito à conquista da sua cidadania, pois a biblioteca representa isso também”, disse Nêmora.

A presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia acredita que a criação das bibliotecas democratiza o acesso à informação, o que traz melhorias em vários setores do país. Para o senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, relator da  proposta no Senado, a criação das bibliotecas pode mudar a cara da educação no País. “Ao meu ver, está ajudando a tragédia da educação e da  baixa leitura no Brasil. Eu espero que os governos procurem reduzir de dez para cinco anos a implantação e que tenham bibliotecas que realmente  possam ser chamadas de bibliotecas, e que tenham profissionais necessários para cuidar dessas bibliotecas, pois a gente não deixa automóvel sem pessoas que cuidem deles, mas deixamos livros sem profissionais que cuidem deles.”

O senador lembra, ainda, que mais de  trezentos e cinquenta municípios brasileiros não têm biblioteca alguma e  noventa por cento das bibliotecas públicas do País não têm um acervo adequado. Realidade que pode mudar, agora. Para entrar em vigor, o projeto depende, apenas, da sanção do presidente da República.

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