SindSaúde completa 21 anos de existência. Tivemos muitas lutas e consequentemente vitórias. Todos que passaram por nossa entidade tiveram seu papel e sua importância.
Contudo, nos últimos anos, muitos dos diretores e lideranças da categoria se afastaram da organização do sindicato por não encontrarem um espaço democrático de atuação dentro da entidade. O poder centralizado impede que seja organizada uma direção verdadeiramente colegiada e democrática.
Há anos a direção do sindicato não forma lideranças novas e as que surgem são imediatamente sufocadas na direção. E o próximo período é ameaçador para nossa categoria. Os candidatos que mais se destacam na corrida eleitoral pelo Governo Estadual no final desse ano são históricos inimigos dos servidores públicos e do movimento sindical. Este próximo período exigirá um sindicato que forme novas lideranças, democratize as decisões, estimule a livre organização nos locais de trabalho e, principalmente, esteja unido com os demais trabalhadores e sindicatos.
Além disso, centenas de jovens estarão ingressando no Estado a partir do último concurso público. Eles se depararão com relações de trabalho precarizadas, novas ameaças de cortes de direitos, uma jornada aumentada e a sobrecarga de trabalho da saúde. As experiências e a história de nosso sindicato serão fundamentais para que essa nova geração dê continuidade às lutas. Porém, a experiência deve estar atrelada com a renovação.
Não é mais aceitável a manutenção do pensamento único que se estabeleceu na direção do SindSaúde e o isolamento a que foi submetida nossa categoria.
Por uma nova direção para o SindSaúde:
Somos parte da história desse sindicato e estamos preocupadas com seu futuro. Por isso é que lançamos esse manifesto. Queremos colaborar na construção de uma nova direção para o SindSaúde, que reencontre o caminho das lutas, das vitórias e se ajuste ao novo momento que vive a categoria.
E, para isso, convidamos todos aqueles servidores que compartilham dessa mesma preocupação com o futuro do sindicato para construirmos uma nova proposta para o Sindsaúde/PR e uma verdadeira oposição democrática à direção majoritária do sindicato, juntando a experiência e a renovação.
Assinam: Aparecida de Oliveira Zorzi (Nena) – Jaguariaiva; Floraci Ribeiro de Paulo – CRE Metropolitano Curitiba; Graziela Basso Sternhein – Municipalizada Pontal do Paraná; Islany Regina da Silva – CRE Barão Curitiba; Maria Cristina Hein Lacerda – CPM Curitiba; Maria das Dôres Tucunduva – Hemepar Curitiba; Nanci Ferreira Pinto – CEST Curitiba; Neiva Ione C. da Silva – CRE Barão Curitiba.
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Nota da Redação:
Como o texto relata, há uma ruptura no SindSaúde no Paraná. Segundo quem assina o texto, “o poder centralizado impede que seja organizada uma direção verdadeiramente colegiada e democrática”.
Com base nestas informações, questionamos algumas atitudes da atual direção do SindSaúde, que faz denúncias contra a direção do Hospital São Sebastião. No entanto, se o que os membros do SindSaúde que assinam o texto acima é pertinente, de que forma um sindicato que não é democrático pode cobrar de outrem o que ele mesmo não consegue cumprir?
Infelizmente, brigas internas acabam por denotar enfraquecimento da categoria, gerando descrédito em suas atitudes e afirmações.