Josiel Torres Klingbeil, 27 anos, paranaense nascido na Lapa, é Técnico em Telemetria dos carros de Nono Figueiredo 11 e Valdeno Brito 77, na equipe Cosan Mobil Super Racing.
Sabem do que estou falando? Isso mesmo, da Stock Car e de uma área profissional imprescindível para vencer corridas.
Entre uma viagem e outra acompanhando sua equipe, Josiel, concedeu uma rápida entrevista sobre sua profissão e paixão pelas pistas.
Como surgiu a oportunidade de trabalhar na Stock Car?
Josiel: Surgiu em 2004. Eu trabalhava em uma assistência técnica em informática, em Curitiba, e um cliente proprietário de uma equipe de Stock Car me pediu para fazer um software de cronometragem, pois na época os sistemas não eram muito bons. Desenvolvi o programa, ele gostou do trabalho e me convidou para trabalhar diretamente na equipe, uma das mais importantes na categoria.
O que exatamente você faz?
Josiel: Sou Técnico em Telemetria, analiso o desempenho dos carros. É por meio da telemetria que acompanhamos como o carro se comporta em cada ponto da pista, antecipando possíveis falhas mecânicas. A relação com os pilotos dentro da equipe é direta, pois o trabalho é 100% aproveitado por eles.
Qual foi sua preparação profissional?
Josiel: A formação acadêmica para a minha função seria Engenharia Mecânica ou Mecatrônica, com conhecimentos em informática. Eu sou Técnico em Informática, mas, para assumir meu posto, fiz treinamento prático com engenheiros da Inglaterra e de diversas categorias do automobilismo ao redor do mundo.
Como é participar do circuito de Stock Car, categoria de destaque no Brasil?
Josiel: Sinto-me realizado profissionalmente, pois alio meu trabalho à minha paixão, o automobilismo. Fora que atuo numa categoria que é considerada a mais importante do automobilismo brasileiro e uma das melhores categorias de Turismo do mundo. Além disso, nesse meio a gente conhece muitas pessoas bacanas e famosas. Em cinco anos de Stock Car, acumulo amizade com todos os pilotos com os quais trabalhei.
O que é legal e o que é ruim na profissão?
Josiel: O mais legal é viajar pelo país inteiro, e às vezes ao exterior. Assistir as corridas dos boxes também é sensacional, principalmente quando conquistamos bons resultados e vemos a luta em conjunto por vitórias e pódios e o espírito de equipe se sobressair. Isso é muito bacana como experiência de vida. Cada membro do time é importante. O ruim é a falta de estrutura dos autódromos brasileiros, que andam sucateados e muitas vezes sem benfeitorias por décadas, como nos casos do Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, Londrina e Tarumã (RS). É ruim sentir na pele uma falta de interesse geral para com o esporte a motor. Atualmente, os maiores investimentos no esporte e em autódromos acontece por parte da iniciativa privada. Espero que os anos passem e as coisas melhorem. Ainda espero ver mais interesse da população pelo esporte e mais divulgação em mídia aberta.
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