Partida e chegada

Quando observarmos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal,  estamos diante de um espetáculo de beleza rara.

O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor. Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto onde o mar e o céu se encontram…

Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: ”Já se foi…” Terá sumido? Evaporado?

Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. Eu acredito que assim é a  morte. Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível, dizemos: “Já se foi”. Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu. Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma de quando estava ao nosso lado.

Conserva o mesmo afeto que nutria por nós.  Penso e acredito, nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado. Pense nisso! É assim que, no mesmo instante em que dizemos “Já se foi”, no mais além outro alguém dirá feliz “Já está chegando”.

Chegando da viagem levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena, cada um leva sua carga de virtudes, ou invirtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.

Caro leitor, tente ler cautelosamente esse  texto e verás que a moral da história é belíssima e real…

Para refletir:

Cada dia é uma oportunidade de aproveitarmos para saber quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Cada dia temos a oportunidade para nos doarmos à caridade, ao amor, a nós e ao próximo… Não deixe passar em branco!

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