Carro funerário como opção à ambulância

A redação da Tribuna recebeu um relato de um leitor nesta semana. Segundo João José Sossela, o fato ocorreu recentemente com seu amigo, Miroslau Rudolf, que sofreu um acidente de caminhão na entrada da Carqueja. A Polícia Federal de São Mateus foi chamada e então o socorro veio daquele município. O acidentado foi levado então para o hospital de São Mateus do Sul, onde ficou internado por algum tempo. No entanto, constatou-se a necessidade de remoção do paciente para outra unidade de saúde. Segundo o leitor, o seu amigo precisaria de ambulância para ser transportado deitado, pois havia fraturado o peito, a perna e três vértebras da coluna, estando em estado  grave de saúde. No entanto, a liberação da ambulância foi negada por ambos os municípios (São Mateus do Sul e Lapa). A solução encontrada pela família foi pagar uma Funerária para transportar o paciente. Assim ele poderia seguir viagem deitado, como foi orientado.

Miroslau agora se encontra internado no Hospital Cajuru, em Curitiba. Sua esposa tirou fotos do marido sendo levado ao carro funerário e pretende processar o hospital.

Não é difícil de se colocar no lugar do paciente ou de sua família. Sempre que há problema de saúde envolvido, a  atenção deveria ser redobrada. No entanto, não é isso que se vê no dia-a-dia. Tanto Miroslau e sua família, como João José Sossela e todos os cidadãos que pagam seus impostos cobram uma explicação dos motivos reais de não ter sida liberada ambulância para o acidentado. Se para ele  que estava em estado grave de saúde, não havia o veículo adequado, quiçá para os demais atendimentos?

Ninguém quis se responsabilizar pelo caso.  E fica a pergunta: o SUS não é o mesmo em qualquer local do país? Então  deveria ser responsável pelo encaminhamento independente do município onde o paciente se encontra.

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