Tuberculose tem cura

Um dos poucos Hospitais especializados no tratamento da Tuberculose é o Hospital Regional São Sebastião da Lapa. Atualmente a instituição atende 58 pessoas internadas, vindas das mais diversas regiões do Paraná e outros estados, que estão em tratamento para a cura da doença.

Na última semana duas internas receberam a  tão esperada alta. Tadiane T. da Silva, ajudante de cozinha, de Paranaguá, mãe de três filhos, interna há seis meses. E Diva Maria da Cruz, auxiliar de limpeza, de Curitiba, e mãe de quatro filhos, interna há um ano. Ambas estavam muito felizes com a notícia da alta, pois representa uma vitória saber da melhora da saúde e poder retornar ao lar.

Durante o tempo de internamento, contaram as duas, fizeram muitas amizades com os funcionários e internos. Como forma de agradecimento à direção, médicos, enfermeiras, copa e equipe da  limpeza, as ex-internas querem enviar um grande muito obrigado a toda equipe do Hospital São Sebastião da Lapa. “Todos fazem seu trabalho com muita dedicação e carinho aqui”, afirmam elas.

A doença

A Tuberculose é uma doença crônica, infecto-contagiosa, produzida por uma bactéria e que ainda representando  um grande problema em Saúde Pública no país. Pode atingir todos os grupos etários, embora cerca de 85% dos casos ocorram em adultos e 90% em sua forma pulmonar. De cada 100 pessoas que se infectam com o bacilo,  cerca de 10 a 20% adoecerão. Dados recentes do Ministério da Saúde indicam um aumento de sua incidência em todo o território nacional.

O contágio ocorre por via inalatória, a partir de aerossóis durante o ato da tosse, fala e espirro de pessoas eliminadoras de bacilos (bacilo de Koch). Os pacientes não bacilíferos e  os que apresentam a forma extrapulmonar não oferecem risco significativo de contaminação. Fato de importância é que um paciente, após 2 semanas de tratamento correto, faz com que os bacilos percam em infecciosidade e, praticamente, não há mais risco de infecção. Outras vias de transmissão são também possíveis como a digestiva, cutânea e outras, mas são raras e não possuem importância epidemiológica.

São mais susceptíveis à doença a raça negra, os extremos etários (infância e velhice), a má nutrição e a promiscuidade, profissionais de saúde e mineiros portadores de silicose,  o alcoolismo, uso de medicamentos como corticóides, portadores de outras doenças como o diabetes, neoplasias (mais comumente os linfomas e  a AIDS) e a sarcoidose.

A prevenção acontece por meio da vacina BCG, que é feita no primeiro mês de vida fornecendo proteção duradoura em 80% dos casos.

Sintomas

Devem ser investigados os pacientes com tosse com ou sem expectoração persistente por mais de 3 semanas, emagrecimento, hemoptise (eliminação de sangue no escarro) e principalmente com história epidemiológica sugestiva da doença. Os exames usados na tentativa do diagnóstico de certeza são a baciloscopia do escarro, a radiologia do tórax, o teste tuberculínico (PPD) que evidencia o contato prévio com o bacilo e a cultura do escarro ou outros  líquidos sem meio apropriado.

Tratamento

O tratamento é feito através de drogas, e é  eficaz. Os medicamentos indicados produzem diversos efeitos colaterais e  desta forma o acompanhamento médico é imperativo. O tratamento é de no mínimo seis meses de duração.

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