No corre-corre da nossa rotina acabamos esquecendo muitas vezes que somos nós os responsáveis pelo nosso destino, pela administração da nossa vida. Por mais que existam muitas, muitas pessoas que crêem que podem se intrometer nas nossas decisões, julgando os nossos atos, no final da história, quem vive a nossa vida somos somente nós, então não há ninguém a mais que deve decidir por ela.

   

Como a vida é uma só, devemos viver de forma a nos arrependermos somente do que não fizemos. Parece filosofia barata, mas é mais do que verdade e acabamos nos esquecendo disso.

Muitas vezes, o resultado que almejamos não é satisfatório. Mas, o que fazer? Demitir o “administrador”? E se não há essa possibilidade, o que fazer então? É preciso rever os planos, compará-los com as ações realizadas, identificar os pontos onde podem ter ocorrido falhas. E, sem titubear, tentar novamente. É preciso fazer um feedback da vida.

Porém, para aceitar a possibilidade de tentar novamente é muito importante compreender uma coisa: grandes realizações não acontecem sozinhas. Algumas vezes nós gostaríamos que fosse assim…

Seria ótimo se, quando sentisse falta de autoestima, fosse até uma loja e simplesmente pedisse uma porção dela e ingerisse com um pouco de água como uma pílula de remédio. Essa comodidade traria outros pedidos. Imagine que outros pedidos seriam feitos no balcão dessa loja:

– Veja aí uma promoção para um cargo mais importante e bem pago da minha empresa.

– Pode me embrulhar um aumento de salário, acima da média?

– Me serve uma graduação na faculdade e de quebra uma capa na revista mais importante do país.

– Ei, moço, pode me providenciar um cônjuge perfeito?

– Para completar meu pedido, que tal uma série de aplausos extras?

Já imaginou que mundo seria este?

O que quero dizer com isso é que você é responsável por administrar sua própria vida e ainda, após um árduo planejamento, executar seus planos, agir de maneira determinada para fazer acontecer.

É preciso que entendamos que a verdadeira grandeza de um ser humano não pode ser comprada, emprestada, ou simplesmente ganha. Só pode ser construída pela própria pessoa.

O preço a ser pago por essa construção é o aprendizado e o crescimento pessoal. Assim, com toda experiência acumulada na trajetória, acabamos nos transformando na pessoa que sonhamos e desejamos nos transformar.

E isto transforma a cada um que aceitar o desafio de construir e administrar sua própria vida em pessoas melhores a cada etapa dessa construção. Finalmente, fica a certeza de que, toda vez que somos “contaminados” por uma nova experiência, nunca mais voltaremos a ser a mesma pessoa. Por que crescemos.

Essa é a recompensa por termos lutado, sobrevivido às incertezas e persistido até que uma solução fosse encontrada. Por isso devemos propor a nós mesmos o desafio de administrar bem a nossa própria vida.

Se você vê alguém enfrentando desafios, quebrando paradigmas, não julgue. Cada um está em busca de sua própria felicidade e tem todo o direito de fazê-lo. A vida é uma só.

Há momentos na vida em que é preciso soltar as amarras e viver, viver verdadeiramente, sem medo dos julgamentos, sem medo de realizar o sonho.

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“Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:

– E daí? Eu adoro voar!

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre”. (Clarice Lispector)