Obras do Parque do Monge iniciam na próxima semana

Revitalização do parque começa em novembro, com investimento liberado de R$ 2,4 milhões

Em novembro começam as obras de revitalização do Parque Estadual do Monge, localizado na Lapa. Nesta segunda-feira, dia 25 de outubro, o governador Orlando Pessuti, juntamente com o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, autorizou o repasse de R$ 2,140 milhões para as obras e outros R$ 350 mil para restauração ecológica da área, que consiste na retiradas das espécies florestais exóticas – consideradas um risco à biodiversidade – e plantio de espécies nativas.

“O projeto foi desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Instituto Ambiental do Paraná (IAP) com o objetivo de proporcionar maior infraestrutura aos visitantes e manter sua referência em biodiversidade”, afirma o secretário Jorge Augusto Callado Afonso. A Ecoparaná foi responsável pela elaboração do projeto arquitetônico do Parque.

Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, os trabalhos devem começar na semana que vem. A previsão é que o serviço esteja concluído em abril de 2011. “É uma obra a céu aberto, então vamos ver se não vai ter períodos longos de chuva que possam atrasar o cronograma”, diz.

Desde que foi anunciada pelo então governador Roberto Requião (PMDB), em janeiro de 2009, a obra de revitalização forçou o fechamento da unidade para que os visitantes não se arriscassem em meio aos operários. No entanto, com o atraso no serviço, segundo a secretaria por questões “burocráticas”, o parque foi reaberto mesmo sem condições de segurança em julho deste ano, mas apenas aos finais de semana.

Obras

As obras incluem um centro de visitantes, onde serão feitas orientações aos turistas; o espaço denominado Visitação Religiosa, onde ficará Espaço Monge com uma área reservada para deixar objetos e velas deixados pelos fiéis. Além disso, também será feito o esgotamento de água adequado que deverá ser implementado pela Sanepar.

De acordo com a diretora de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP, Márcia Pires Tussolino, o prazo para conclusão das obras é de seis meses. “A revitalização está sendo orientada pelo Plano de Manejo que foi discutida pelos representantes dos órgãos ambientais, prefeitura, instituições privadas e sociedade civil organizada dentro de um conselho gestor do próprio parque”, explica Márcia.

A segunda fase da revitalização, que prevê a construção de lanchonetes e quiosques com churrasqueiras, ainda não foi orçada. Após a revitalização da primeira fase, conforme o secretário, será implantado um plano de manejo para a visitação no espaço já que, como lembra Callado, apesar de o local atrair o turismo religioso é uma unidade de conservação ambiental e precisa dos devidos cuidados. A crença de que em 1847 o monge João Maria de Agostini usava o local como abrigo para fazer curas leva até hoje centenas de visitantes à gruta.

Fechamento

De acordo com Callado, a comissão que acompanha as obras ainda vai definir se a unidade será fechada durante a revitalização. “É possível que o acesso seja restrito à visitação religiosa durante os finais de semana porque os trabalhos podem levar riscos aos visitantes”, considera o secretário. Cerca de R$ 2,2 milhões serão investidos na infraestrutura do parque, como trilha, mirante, saneamento, monumento do monge e um centro de visitação. Os R$ 300 mil restantes serão aplicados no término da remoção das espécies exóticas e no plantio de mudas nativas.

Exóticas

A retirada das espécies exóticas, como o pinus, será concluída em 20 de dezembro. Esta ação faz parte do Programa Estadual de Erradicação de Espécies Exóticas Invasoras nas Unidades de Conservação, que o IAP desenvolve desde 2005. O Parque Estadual de Vila Velha foi o primeiro incluído no Programa que hoje é modelo para o país. O programa visa prevenir e controlar a introdução de espécies que não são típicas de um ambiente.

Parque

O Parque Estadual do Monge possui 370 hectares e foi criado em 1960 para preservar a natureza, promover a educação ambiental e ser um espaço de lazer para a população. A cada final de semana, a área recebe mais de mil visitantes. São pessoas atraídas pela Gruta do Monge, pela contemplação dos animais silvestres e da beleza, cenário que se apresenta do alto da Escarpa.

Por estar localizado a uma altitude de 1000 metros acima do nível do mar, o Parque está assentado sobre a formação do arenito furnas, dando-lhe característica especial de formações rochosas (paredões e escarpas). É nestas escarpas rochosas que se formam reentrâncias e ressaltos horizontais dos quais uma delas é conhecida por Gruta do Monge, de onde originou o nome do Parque.

Please follow and like us: