Menino Travesso

Hélio César, cunhado, amigo e parceiro.

Como foi saudável nossa convivência.

Você sempre sorridente e faceiro,

Numa junção de alegria, honradez e decência.

Carinhosamente para mim,

Sempre serás como um “menino travesso”.

Com uma alegria que não tinha fim,

A virar todo e qualquer mau humor pelo avesso.

E é por isto que escrevo agora esta estória sobre ti.

“Moleque travesso”, amigo e parceiro,

Como poucos que já vi,

E digo isto em tom emocionado e verdadeiro.

Com saudade homenageio neste momento,

Este “menino travesso” de tão boa linhagem.

Registrando meu agradecimento,

Pelos momentos de convívio e aprendizagem.

Era uma vez um alegre guri,

A crescer forte e vigoroso.

Amigo, como poucos que já vi,

Um Ser Humano mavioso.

O tempo passou correndo,

Tão depressa, feito um furacão.

E eu nas férias de fim de ano convivendo,

Com este “menino travesso” e seu jeito brincalhão.

Muitas noites frias e geadas lá no Paraná.

Mas com muito churrasco, cerveja, família e alegria sem cessar.

Melhor lembrança do que esta não há,

E lá estava este “menino travesso” a nos alegrar.

Compartilhamos bons e inesquecíveis momentos,

Dos quais jamais esquecerei.

Deixava sempre de lado os aborrecimentos.

Para mim, um verdadeiro rei.

Sua presença sempre irradiou alegria.

O que em muitos momentos nos ajudou.

Deliciosos momentos vividos a cada dia,

Um grande legado você nos deixou.

Sem sua presença ao nosso lado,

O nosso peito se sente dolorido.

Assim lhe diz seu amigo e cunhado,

Agradecendo a Deus por tê-lo conhecido.

A saudade de ti é como uma bela flor sem espinhos,

Como o perfume de uma rosa sem qualquer beleza.

Ela sempre rondará nossos caminhos,

Num misto de indesejável dor e tristeza.

Lembrar-me-ei sempre dos Natais e festas de fim de ano.

Mas devemos seguir em frente e unidos.

Pois afirmo sem qualquer engano,

Que este “menino travesso” não nos quer entristecidos.

Não vou ficar me lamentando,

Pela ausência deste nosso eterno e inesquecível menestrel.

E continuarei o homenageando,

Mesmo com uma saudade amarga como o fel.

Foi deveras bom conviver com pessoa tão querida.

Um verdadeiro irmão, na pele de cunhado.

Curando em todos nós qualquer dor, qualquer ferida,

Sempre foi muito bom tê-lo ao nosso lado.

Sua convivência comigo foi assaz gratificante.

E me sinto por isto bastante agradecido.

E vivendo este momento de dor angustiante,

Pela partida de ente tão querido.

Seus pais, irmãos e filhos,

Devem muito se orgulhar.

Pois jamais saístes dos trilhos,

Jamais deixastes de lutar.

Nossa vida é mesmo assim.

Há sempre um difícil começo,

Mas há também o meio e o fim.

E de você jamais me esqueço.

Prefiro me lembrar de você deste jeito,

A cada ano, mês e dia.

Em meio a este mundo tão imperfeito,

Mas com intensa saudade e alegria.

A alegria invade meu coração,

Por ter convivido com este “menino travesso”.

Que se tornou meu cunhado, amigo e irmão,

E que virava nosso desânimo e desalento pelo avesso.

Sempre o veremos em nossas vidas,

A nos acenar alegremente.

Tentaremos curar nossas feridas,

Vivendo cada dia intensamente.

Lembraremos sempre da falta que nos faz,

Este “menino travesso” de contagiante alegria.

Que ele caminhe na estrada da Paz.

Nossa sina é homenageá-lo a cada dia.

Vá “menino travesso” e de todos amigo,

A contemplar jardins e campos floridos.

Por você, continuaremos a enfrentar todo e qualquer perigo,

Mesmo com nossos peitos feridos.

Voa “menino travesso”, voa como um passarinho,

Pela imensidão do infinito, do além mar.

Atravessando rios e oceanos bem de mansinho,

Com intensa alegria e sem cessar.

E leve sempre consigo,

Um pouco de cada um de nós, seus entes queridos.

E não temas por qualquer perigo,

Pois estaremos a lhe observar com olhos enternecidos.

Escreveremos diariamente um belo livro de histórias,

Com força, união e destreza.

Sempre estarás em nossas memórias,

Mas somente com alegria, e sem tristeza.

Não é justo que agora,

Fiquemos tristes e desiludidos.

Lembremo-nos pelo mundo afora,

Dos bons momentos com você vividos.

Tenho absoluta certeza e total convicção,

Que terias nos falado assim:

– Alegria pela minha existência, sim.

– Tristeza pela minha ausência, não.

E ao findar de cada dia,

Mesmo que as noites não estejam estreladas,

Este “menino travesso” continuará irradiando alegria,

Contando para nós sua coleção de piadas.

Que para onde este “menino travesso” esteja indo,

Um céu límpido o ilumine a cada dia.

E que ele viva sempre em nossos corações sorrindo,

Em eterna quietude, paz e harmonia……

Gregório Rezende,

Cunhado, amigo e irmão,em 05/11

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