Alvíssaras! Aleluia! O senhor Ministro da Educação, colocou pá de cal sobre um assunto de pretensa discriminação que seus subordinados queriam imprimir ao fantástico roteiro de As caçadas de Pedrinho, rotulando – o de segregacionista, por causa de brincadeiras inocentes feitas com a querida Tia Nastácia. O ministro agiu célere. Libertou o mencionado Livro do índex maldoso de seus comandados, o definindo , outrossim, como obra – prima da literatura dirigida às crianças por Monteiro Lobato. Essa gente, com resquícios de inquisição, não teve o privilégio de, em tempos de meninice, conhecer os livros de Lobato, conviver com dona Benta, Tia Nastácia, Pedrinho, Narizinho, Emília, o Visconde e o Marquês de Rabicó. Tivesse, e iria saber que essa turma toda representa o maior símbolo de harmonia e fraternidade. Todos se davam bem. Dona Benta e a tia velha, eram idênticas no mando do Sítio. E, veja-se, nesse rol, onde uns desinformados encontraram segregação e desrespeito, havia até uma boneca falante, um visconde de sabugo de milho e um rotundo porquinho. Se esses, até agora inquisidores, quiserem se redimir, o melhor que têm por fazer é endereçar às escolas, urgentemente, toda a vasta e profícua literatura infantil de José Bento Monteiro Lobato.
