As pesadas chuvas de verão na vastidão sob o tacão de Brasília, a nova Lisboa colonialista, que abocanha mais de 70% da tributação a ser dividida entre União, Estados e Municípios, fazem vítimas, desnudam a precariedade do viver, quer em pobreza, quer em grandeza, quando assistimos os clamores dos governos locais e estaduais pela ajuda das migalhas federais, para a continuação de um mesmo círculo vicioso, coroado pela ignorância, em imprudências ambientais e desorganizações urbanas que assolam os Brasis.
Às tristezas das tragédias humanas, somam-se as perdas materiais e os profundos desgostos e agonias dos abandonos. As autoridades locais e estaduais, nessa federação de mentira, em geral, sabem de suas causas e experimentam os efeitos de suas escassas e tímidas autonomias, vivendo sob apuros e incompreensões de uma Política voltada aos casuísmos, fisiologismos e clientelismos.
Nesta hora de aflições, desejamos hipotecar nossa solidariedade a todos os que sofrem, ou que já vem sofrendo, as dores das perdas de vidas de entes queridos e amigos, sob as torrentes dos rios, inundações e secas empobrecedoras. Assim como as vítimas de nossas enchentes no Sul receberam a solidariedade das ajudas voluntárias de todos os rincões, conclamamos nossos amigos, adeptos e simpatizantes, para que enviem recursos de toda natureza para os nossos irmãos do Rio de Janeiro, São Paulo, de Minas Gerais e aonde mais for necessário na vastidão continental brasileira. Os laços de fraternidade indiscriminada, existem e precisam sobreviver, serem sempre lembrados e convocados, não importando as diferenças regionais, etnias, credos, sexos e opiniões políticas.
Dos Pampas à Amazônia, de todos os quadrantes desse Brasil vastíssimo e controlado pelo que há de pior em matéria de descaso e despreparo, recebam nossos abraços fraternais e sempre solidários na dor e na luta pela Liberdade.
Celso Deucher é Presidente Movimento O Sul é o Meu País.