A urgência no real serviço ao público

Nesta semana aconteceu a inauguração da Agência do INSS na cidade da Lapa. Um marco na história social do município, como frisou o prefeito. Uma melhoria que irá modificar a rotina de muitos segurados que precisavam se deslocar até outras cidades para terem o direito à Previdência Social.

Mas, o que chamou a atenção não foi tanto a questão da inauguração. Mas, sim o discurso da Superintendente do INSS na Regional Sul, Eliane Luzia Schmidt. Em suas palavras, externou o compromisso que espera que exista por parte dos servidores na unidade da Lapa.

Segundo ela, escolher ser servidor público trata-se de uma missão, estar em seu posto para servir aos cidadãos e cidadãs que procuram a previdência social.

Se a função da Previdência Social é proteger o trabalhador e sua família, então todas as pessoas que entrarem na unidade do INSS deverão ser muito bem atendidas. “Ainda que se trate de uma pessoa que ainda não tenha direito ao benefício, porque ela poderá vir a ter. E que seja da pessoa mais humilde até a pessoa mais graduada, que sejam tratados com todo o respeito e dignidade, porque é isso que os cidadãos deveriam ser para os servidores  públicos: pessoas que buscam o reconhecimento de seu direito e devem ser igualmente bem tratados”, disse Eliane.

Ela deixou a recomendação pública, tendo todos como testemunhas, da vontade de se realizar um trabalho de qualidade, bem feito e que agrade a toda a população do município.

Este é o desejo da Superintendente e de toda a população. Não somente no que tange a Previdência Social, mas em todos os serviços públicos. O funcionário esquece que sua função primordial é atender ao público, que está a serviço do público. A distorção chega a ser tão grande que, em muitos locais se encontra o cartaz alertando que ofensa ao servidor público é crime.

Distorção sim. Pois quando há bom atendimento, diminui-se em muito a possibilidade de existir ofensa. Distorção sim, porque o maior prejudicado acaba sendo o cidadão humilde que, por muitas vezes ofendido, não tem a quem recorrer para solucionar o  problema. É mais um. É ninguém.

O que causaria a distorção? Talvez, talvez o fato de que o servidor público, muitas vezes, não está onde está por amor à função. Está pela comodidade, pela estabilidade. Esquece de onde vem o seu salário, esquece de sua função.

Ele é uma casca e, em minha visão, poderia ser comparado àqueles bonecos infláveis de posto de combustíveis. Estão ali, mas você não pode contar com eles. Há um mecanismo que os mantêm no local, mas na prática para nada servem.

Que falta faz aos servidores aquele brilho nos olhos de quem se entusiasma com as coisas da vida. Que  se sente bem nas pequenas atitudes como orientar um senhor que não sabe  de seus direitos.

Nas repartições públicas falta  este brilho nos olhos que faz as coisas acontecerem, que faz projetos e  soluções surgirem. Que faz o ambiente ficar mais leve e o atendimento ser realmente eficaz.

Que o brilho seja permanente nos olhos dos servidores do INSS da Lapa. E que ele se estenda a todos os da região.

Um trecho de um texto de Luís Gustavo do Nascimento cai bem à missão do servidor público. Ele fala sobre a fé. Mas, pode ser aplicado, porque não, à disponibilidade para atender ao próximo.

-o-o-“Fé  é um morango que se come pendurado num galho à beira do abismo, pelo gosto bom que tem, sem nenhuma promessa de que ele nos fará flutuar quando o galho quebrar…”

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