Assassinato por engano resulta em 13 anos de prisão

Depois de chorar durante horas no túmulo da mãe, de atear fogo na própria casa, jogando álcool no colchão, Jairo de Souza Sodré, 40 anos, foi até a casa do vizinho e matou com 24 golpes e faca o jovem Carlos Henrique dos Santos da Silva, 18, morador na Rua Tenente Belarmino da Silveira, na Lapa.

Ele acreditava que o rapaz era amante de sua mulher. No entanto, quem mantinha um caso amoroso com ela era o irmão de Carlos.

A tragédia aconteceu em 19 de julho de 2007, pela manhã, quando Jairo, até então um homem pacato e trabalhador, soube que estava sendo traído. No dia 31 de março ele sentou no banco dos réus, para responder pelo homicídio, no Fórum da Lapa.

Quatro anos depois de matar por engano, Jairo foi a júri popular e condenado a 13 anos de reclusão.

O júri durou cerca de 15 horas no fórum da Lapa. Pela crueldade e por ter matado por engano, Jairo foi condenado por homicídio duplamente qualificado. O advogado de defesa, Matheus Gabriel de Almeida, tentou afastar as qualificadoras, mas os jurados optaram pela condenação por quatro votos a três.

O advogado, entretanto, teve vitória em outra acusação. Jairo ateou fogo no colchão da própria residência ao saber da traição e poderia ter a pena aumentada em três a seis anos. “O incêndio foi parcial e não expôs a integridade física nem o patrimônio dos vizinhos em risco”, explica Matheus.

PRISÃO

Jairo se apresentou à polícia três dias depois da morte de Carlos. Ele foi liberado e dias depois foi decretada a prisão preventiva. Jairo foi preso em 20 de abril de 2010, em Cuiabá, e permanece detido.

O período em que ele já esteve preso será contabilizado no cumprimento de pena.

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