Cuidar do animal com responsabilidade: sinônimo de educação e consciência

Apolo, antes e depois de ser encontrado pela protetora, demonstra a falta de senso de respeito por parte da sociedade

Na última edição da Tribuna (1644), divulgamos que a leitora Amélia estava doando cachorros de pequeno porte e um cachorro de porte grande, bravo, ideal para cuidar de pátios. A divulgação foi feita na coluna De Tudo Um Pouco.

A Amélia é uma protetora de animais, residente no município da Lapa, que entre seus demais afazeres, dedica seu tempo a cuidar de animais abandonados e procurar donos responsáveis para eles. Ela não possui abrigo de animais, os recolhe temporariamente para então localizar um lar adequado para aquele ser que sofreu maus tratos, abandono, passou fome, frio e desrespeito.

Um trabalho digno de alguém que realmente pode ser chamado de ser humano. Para embasar esta afirmação, basta lembrar de casos de maus tratos, abandono e descaso com animais, quando, em verdade, os chamados “humanos”, também são animais, mas esquecem-se desta verdade. É a lei do mais forte, daquele que não possui uma educação de berço, pautada pelo respeito.

Mas, voltando ao assunto da posse responsável, Amélia encaminhou à Tribuna, fotografias de um dos animais que recolheu das ruas e que hoje possui um dono responsável. Trata-se do Apolo. Basta observar as fotografias para verificar como ele chegou na casa da protetora no final de janeiro deste ano. Dois meses depois, já em bom estado de saúde, Apolo ganhou um lar e está sendo bem cuidado pelo novo dono.

E, para aqueles que acreditam que um cão não é boa companhia e que pode ser perigoso, divulgamos a notícia enviada pela Agência Notisa, a respeito do tema.

AGRESSIVIDADE: CULTA DO DONO

Estudo explica que condições de criação dos animais são fatores determinantes para a promoção do bem-estar animal.

O modo como se dá a relação com o ser humano é um importante fator para situações de frustração, medo, agressão e ansiedade em cães. No estudo, “Relação homem-animal e bem-estar do cão domiciliado”, Sheila Ferreira e Ivan Sampaio, pesquisadores da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, alertam que estas emoções podem comprometer o bem-estar do animal, o que acaba colocando em risco o bem-estar da família que o acolhe também.

Segundo o estudo, publicado no vol. 15 da revista Archives of Veterinary Science, o bem-estar do animal depende, entre muitos fatores, de uma relação homem-animal satisfatória. “Um animal que experimenta bem-estar provavelmente vive em um ambiente onde as pessoas lhe proporcionam saúde física e mental”, resumem.

A determinação de um comportamento agressivo, por exemplo, não depende, segundo a pesquisa, exclusivamente da raça, se ela é agressiva ou mansa, mas principalmente, do modo como o cão é criado e treinado. “Independente da causa que levou o cão a apresentar uma agressividade despropositada, os proprietários serão sempre os responsáveis pelos atos de seus animais e não o contrário”, argumentam.

De um modo geral, os autores dizem que o cão possuidor de bem-estar adequado seria um animal com ‘condição corporal ideal’, ‘manso’ e ‘tranquilo’. No estudo, realizado em 60 residências, com um cão em cada uma, os pesquisadores verificaram que 83,3% dos cães eram ‘mansos’, 90% eram ‘tranquilos’ e 56,6% apresentavam uma boa ‘condição corporal’. Porém, apenas 43,3% (menos da metade) apresentavam simultaneamente as três características, ou seja, experimentavam bem-estar adequado.

Segundo eles, o estado de intranquilidade, caracterizado por ansiedade, excitabilidade e constante atividade é considerado um comportamento anormal, um sinal de alarme, que revela um desequilíbrio entre o animal e seu ambiente. “Geralmente, este estado está associado ao não atendimento de alguma necessidade do animal, seja ela de interação, atividade física ou exploração de ambientes”, alertam.

ADOÇÃO

Quem já adotou um animal abandonado sabe e afirma. Ele será eternamente grato a este protetor, dificilmente apresentando agressividade. Os animais, diferentemente dos seres humanos, não costumam ser ingratos. Reconhecem quem proporciona bem-estar e retribuem.

Se você possui espaço e tem disposição para adotar um animal, não pense duas vezes: adote!

E você que já possui cães, gatos, cavalos e outros animais, não esqueça: trata-se de uma vida. E toda vida deve ser respeitada!

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