Cuidado: você também pode estar infectado!

A hepatite viral é uma doença silenciosa e pode ser transmitida de várias formas – tanto pela falta de higiene como na manicure

No dia 28 de julho, comemorou-se o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. E o departamento de Vigilância Epidemiológica da Prefeitura Municipal da Lapa alerta a população sobre a importância deste agravo no Brasil.

A hepatite é causada por vírus que levam a infecções no fígado. No Brasil, os tipos mais comuns dessa doença são os causados pelos vírus A, B e C.

A hepatite A é transmitida da forma fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Geralmente, não apresenta sintomas. O diagnóstico da doença é realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos anti-HAV. Após a confirmação, o profissional de saúde indicará o tratamento mais adequado, de acordo com a saúde do paciente. A doença é totalmente curável quando o portador segue corretamente todas as recomendações médicas. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno. Causa insuficiência hepática aguda grave e pode ser fulminante em menos de 1% dos casos.

A melhor forma de se evitar a doença é melhorando as condições de higiene e de saneamento básico.

HEPATITE B E C

Milhões de pessoas no País são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Isso porque é uma doença que, muitas vezes, não apresenta sintomas.

No caso da hepatite B, apenas 30% dos portadores do vírus apresentam pele e mucosa amarelada, urina escura e fezes embranquecidas. Ou apenas febre, dor no corpo e de cabeça, o que pode confundir com uma simples virose. Já a C é muito mais silenciosa levando pessoas a descobrirem a doença apenas quando ela está no estágio mais avançado.

As hepatites podem ser transmitidas através de relações sexuais desprotegidas e ao compartilhar material para usar drogas. Inclusive, o vírus pode ser contraído no salão de beleza ou no estúdio de tatuagem ou piercing, se o material não for corretamente esterilizado após o uso.

Na hepatite B, apenas entre 5 e 10% dos portadores podem evoluir para a forma crônica da doença e a maioria consegue eliminar o vírus com os anticorpos que são produzidos pelo corpo por causa da infecção. Já no tipo C, 80% dos pacientes podem evoluir para essa fase. O enfermeiro da Prefeitura da Lapa, Marcílio Claudio Ramos de Oliveira, conta que o tipo C é mais agressivo que o B: “O vírus C leva mais a cirrose e também ao câncer de fígado, sendo uma das principais causas de carcinoma hepático e que quando chega nesse grau, a única forma de tratamento seria o transplante hepático.”

SINTOMAS

O enfermeiro Marcílio conta que em grande parte dos casos, as hepatites virais são doenças silenciosas, o que reforça a necessidade de ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam os vários tipos de hepatites. Mas, quando os sintomas aparecem, estes podem ser: febre; fraqueza; mal-estar; dor abdominal; enjoo/náuseas; vômitos; perda de apetite; urina escura (cor de café); icterícia (olhos e pele amarelados); fezes esbranquiçadas (como massa de vidraceiro).

O diagnóstico precoce da doença é importante, pois, além de evitar a forma crônica das hepatites, reduz os efeitos colaterais causados pelo tratamento. Para isso, o Ministério da Saúde oferece testes rápidos nos postos de saúde. A recomendação é que, se há a suspeita de ter entrado em contato com o vírus, procure o posto de saúde para realizar os exames.

Para a hepatite B, há a vacina e ela também é disponibilizada no Sistema Único de Saúde para o grupo de risco como: gestantes, trabalhadores da saúde, manicures, populações indígenas, gays, lésbicas e outros.

Please follow and like us: