Infelizmente, quando necessitamos do serviço urgente de saúde para socorrer alguém da família, percebemos a carência do atendimento por falta dos recursos, a demora para realizar exames, ou o custo elevado dos valores de serviços laboratoriais. Além da morosidade de uma transferência a outro hospital ou UTI. Na maioria das vezes, o padrão para transferência é a espera na central de leitos por longas e penosas horas ou até dias. Mediante a confirmação da patologia com o diagnóstico comprovado, existe o sério risco de complicações importantes do caso, muitas vezes evoluindo a óbito. Somente quem passou por isso sabe o que quero dizer. Até não transpor por situações dolorosas, foge a realidade da nossa compreensão referente a agilidade e imediato atendimento. Na verdade, ficamos nas mãos de Deus diante de todas as falhas que se apresentam em situações que se fazem urgentes. É lei estadual a disponibilidade de vagas de forma clara nas recepções dos hospitais do Paraná
Acompanhe o que diz a Lei 16.760, de 29 de dezembro de 2010:
Art. 1º – As unidades de saúde credenciadas no sistema Único de Saúde do Estado do Paraná – SUS ficam obrigadas a, diariamente, informar, de forma visível a acessível à população, o número de leitos credenciados, ocupados e livres.
– Parágrafo único – Para efeito do disposto no caput deste artigo, entende- se por Unidade de Saúde: clínicas, hospitais, pronto atendimento, emergências e quaisquer outras que constem dos registros do SUS como detentora de leitos credenciados.
Por isso, para se fazer cumprir a Lei, a participação na fiscalização é compromisso de todo cidadão. O que não devemos fazer é culpar o Município, Estado e União como meio da isenção das nossas próprias responsabilidades. São sempre as poucas e mesmas pessoas que participam das reuniões do Conselho de Saúde do município, das conferências, das prestações de contas.
Agora, dia 29 de agosto, às 18h, na Câmara Municipal, teremos a audiência pública onde será tratado sobre questões importantes relacionada à saúde dos lapeanos.
Há muito a discutir e buscar: o atendimento das nossas crianças com médico pediatra, o direcionamento dos traumatizados em acidentes, maior agilidade nos direcionamentos às UTI’s, internamentos, consultas e exames das especialidades, entre tantas outras coisas.
Há muito que fazer, mas, quando tivermos a consciência da nossa responsabilidade como verdadeiros cidadãos, e não aceitar o discurso de que no país a saúde está doente, devemos entender nossa realidade e buscar a melhor forma. A coisa não é fácil, mas também não é impossível, basta participar e ter boa vontade.
E-mail para contato: samuelsaanhu@yahoo.com.br