O que faz uma mãe com seu filho doente? Procura a emergência municipal. Só que é aí que o bicho pega e você não imagina isso até passar pela situação.
No dia 21 de agosto procurei o Pronto Atendimento Municipal, pois meu filho M. H., de 3 anos de idade, estava apresentando um quadro de vômito desde o dia 20, à tarde. Após tentar melhorar esse quadro em casa e não ter resultado, procurei o P.A. por volta das 17h30 do dia 21. Meu filho foi atendido por uma profissional médica que, em pé atrás de sua cadeira, perguntou o que estava havendo. Relatei o quadro de meu filho que, agora, além do vômito, apresentava muita fraqueza. A tal doutora nem o examinou, medicou meu filho com bromoprida, mandando aguardar uns minutos. Como ele não vomitou mandou-nos embora.
Em casa o vômito continuava e a fraqueza também. Ao tentar encontrar pediatra na cidade e não conseguir, voltei ao Pronto Atendimento, pois meu filho piorava e não sabia o que fazer. E qual foi minha surpresa? Era outro plantão e fui atendida pelo Dr. Thiago, que examinou meu filho decentemente, me explicando o que provavelmente estava acontecendo com ele. Medicou e orientou o que fazer caso o quadro permanecesse inalterado ou piorasse. Felizmente ele reagiu e não precisei retornar.
Resolvi contar no jornal o meu caso, porque senti na pele a precariedade do serviço de saúde em nossa cidade.
Você procura o pediatra e não encontra; você procura o Pronto Atendimento e é atendido pro profissional de péssima qualidade (Dra. Jane); ou fica à mercê da sorte, já que trata-se de sorte encontrar um anjo como o Dr. Thiago.
Será esse o serviço de saúde garantido constitucionalmente ao cidadão que a nossa administração municipal oferece?
Não tem pediatra na emergência, não tem pediatra na cidade e nem sequer um lugar para internar uma criança. Se precisar internar uma criança é preciso ir a Campo Largo, Contenda, Araucária, Curitiba… Menos na Lapa! Pois aqui não tem, não existe! “O povo que se vire!”, deve ser o pensamento de alguns políticos e alguns profissionais da saúde que não têm responsabilidade e não se preocupam em cumprir decentemente o seu dever.
Uma mãe usuária do SUS